Archive for 01/04/2021 - 01/05/2021

Yuri Café #24 - Seção Notícias da Inori-sensei e muitos comentários

Olá a todos!


Chegando mais um Yuri Café com mais notícias, com um foco especial em todas as novidades sobre a obra da maravilhosa Inori, Nesta edição teremos todas as notícias em relação ao "Me Apaixonei pela Vilã", das boas as ruins, além de outros acontecimentos do mundinho yuri. Fora isso, claro, a tradicional sessão de leituras de comentários, que foi bem mais extensa do que normalmente! (obrigada por isso, continuem comentando).




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quarta-feira, 7 de abril de 2021
Posted by Mazaki89

A Tropical Fish Yearns for Snow - Superando a solidão juntas

Imagine a situação: Você é uma adolescente, seu pai tem que morar em outra cidade por causa do trabalho, mas ele prefere que você vá morar no interior com sua tia em vez de ir com ele. É isso o que acontece com Konatsu Amano, uma das protagonistas de A Tropical Fish Yearns for Snow (Nettaigyo wa Yuki ni Kogareru, ou resumindo Hanigare). O mangá começa com a garota chegando na cidade litorânea no interior do Japão que será sua nova casa e acaba sendo arrastada por meninas do colégio local para ver a exposição do Aquário da escola. Lá, uma garota pergunta para ela se ela gosta de salamandras (o animal que estava tentando observar no momento). Quem pergunta é Koyuki Honami, a outra protagonista do mangá, uma garota que aparenta ser calma e responsável, mas é apenas uma garota que sente muitas expectativas sob si e tenta ser certinha demais.


E eu diria que a salamandra, um animal que é conhecido por se esconder atrás de rochas e pouco mostrar-se para os humanos, seja o último e principal elemento desse mangá.


Hanigare é uma obra que expressa muito bem sentimentos como solidão e as dúvidas que acontecem durante a adolescência. Ele se utiliza de um conto japonês sobre a amizade entre uma salamandra e um sapo para contar a história das duas garotas, que se conhecem e participam do mesmo clube no colégio (de cuidar do aquário da escola).


Deixe-me explicar:

A história basicamente é sobre uma salamandra que se sentia sozinha e não tinha ninguém que era amigo dela. O sapo aparece e os dois se tornam muito amigos. Tanto que a salamandra torce para o sapo nunca mais sair de perto dela. Bom, basicamente seria uma história meio triste, já que os dois animais ficariam isolados juntos, numa felicidade mórbida (ao meu ver).

E por muito tempo a história das duas garotas é isso. Um jogo de quem é a salamandra e quem está arrastando o sapo para esse limbo. Porém as coisas mudam a partir do momento que as duas tem que fazer esforços para ter mais membros no clube, já que Koyuki irá ir para o terceiro ano e se aposentar logo do clube. O modo que ambas buscam a independência, mas ao mesmo tempo são dependentes é mostrado de modo muito interessante, já que há sempre essa dúvida do que fazer, ou de como a outra garota irá se comportar diante das mudanças que elas sofrem.


As vezes é só uma amizade nova de uma das duas, ou como uma das duas pretende sair da cidade. Tudo é razão para haver conflito no sensível e dependente relacionamento das duas. Aos poucos, outros personagens entram na trama, apoiando as duas personagens e criando uma rede de relacionamentos estáveis e duradouros. Kaede, a amiga de classe de Konatsu, o irmão e os pais de Koyuki, os colegas de classe da mais velha. Aos poucos elas conseguem se abrir para o mundo, juntas, e conseguem mostrar suas individualidades, apesar de muitas vezes haver o medo do julgamento ou de que irão novamente ficar isoladas.

É uma série que delicadamente guia as personagens e o espectador pelas experiências de superar medos e conhecer outras pessoas. Além de um roteiro muito bem trabalho, Makoto Hagino (autora da série) nos trás um deleite de simbolismo visual com a salamandra e o sapo sempre presentes na narrativa.


Ao final da série, completa em 9 volumes, vêmos como as duas são o sapo, mas também a salamandra. E que esse sentimento entre elas nunca irá se dissipar. O laço criado entre elas, apesar de as duas criarem suas independências, é inquebrável.

Virgin's Empire - apenas ecchi... ou?

Virgin's Empire (オトメの帝国 - Otome no Teikoku, no original) é um mangá de Kishi Torajirou, que começou a ser publicado em 2010 e atualmente é publicado na revista digital Grand Jump Web, contando, em abril de 2021, com 15 volumes compilados.

 

Já faz um bom tempo que Virgin's Empire está por aí no fandom yuri e sempre provoca discussões devido ao seu alto grau de fanservice e, suposta, falta de conteúdo relevante. O objetivo deste artigo é tentar desmistificar essa impressão inicial que a obra tem para quem ou leu na época do lançamento inicial ou apenas viu os primeiros capítulos e não acompanhou mais a obra.

 

A primeira vez que li, como imagino deva ser o caso também da grande maioria, foi apenas por conta do apelo visual que as primeiras páginas tem (em 2010 a variedade de mangás yuris originais era bem menor do que hoje em dia também). Francamente, mesmo com o fanservice sendo o objetivo, acabei bem desapontada. Os primeiros capítulos basicamente giram em torno de situações ecchi variadas que ficam num limbo entre "são brincadeiras inocentes de garotas adolescentes" e ângulos pensado para chamar a atenção.

 

Porém, após alguns anos e já tendo esquecido a obra, algumas ilustrações pelas minhas redes sociais me fizeram tomar um susto ao perceber que aquilo era Virgin's Empire.

 

  


  

Para efeito de comparação, a capa do primeiro capítulo onde as mesmas personagens aparecem na frente:




A grande virada narrativa que me fez voltar a prestar atenção no mangá foi o relacionamento entre Chie e Ai. Elas foram as primeiras que percebi terem um arco de história e que, no capítulo 115, acontece um beijo entre elas (spoilers!) E esse desenvolvimento, que passou pela competição escolar onde Ai enfrentou medo e frustração no seu desejo de ser a melhor corredora da competição, e culminou com uma bela cena de apoio e entendimento entre as duas amigas que já estava no limiar entre amizade e romance há muitos capítulos me fez retomar o mangá basicamente do começo e os, na época, quase 200 capítulos já existentes.

 

 

E, francamente, Virgin's Empire acabou se tornando um dos meus mangás preferidos de acompanhar, sem exageros. O fato do fanservice, que no começo ser exagerado e único fator de entretenimento possível ter se tornado mais sofisticado, no sentido de bem feito e talvez até mais atraente do que imagens escrachadas do começo, ter se combinado com um elenco grande, diverso e muito interessante de personagens e relacionamentos únicos, com ritmos diferentes, fez essa obra se tornar um gigante que, pelo menos na visão que tenho como leitora e parte do público de yuri, é em grande medida ignorado pela fama ruim do começo da série.

 

As personagens de Virgin's Empire são o grande ponto forte da série. Este texto seria exaustivo se fosse falar sobre todas as personagens e relacionamentos, por isso vou comentar apenas os que mais gosto de acompanhar (a quantidade de pares te dá a liberdade de acompanhar apenas alguns e outros não se desejar, pois tem conteúdo de todos)

 

Mio x Shizuka

A típica história de kouhai apaixonada pela senpai popular começa de maneira bem lenta, saltando para momentos bastante "perigosos" repentinamente, como não é estranho em Virgin's Empire. Porém é após as duas começarem a namorar de fato que as coisas ficam complicadas.

 

Shizuka, a senpai, tem um rolo mal resolvido com Kaoru (a comedora da história, vou falar um pouco mais dela depois) e não consegue se livrar os resquícios de atração que a fazem incapaz de resistir às investidas de Kaoru. Mio, a jovem kouhai apaixonada acaba descobrindo isso da pior maneira possível e a relação entre ela e Shizuka desanda de maneira dramática e perigosa.

 

Ciúmes, fraqueza e aceitação se tornam temas da difícil história que as duas seguem construindo. Uma trama que não fica estagnada na paz como, por exemplo, o caso de Chie e Ai, que depois que se tornam um casal são responsáveis pelos capítulos mais fofos possíveis.

 

cap 14:


 

cap 154:


 

cap 228:


 

Ayano x Miyoshi

As protagonistas originais de Virgin's Empire saíram de ser umas idiotas que ficam apalpando a outra para zueira para... Bom, ainda serem idiotas, mas agora num sentido um pouco mais próximo do "mas é óbvio que elas gostam uma da outra, mas elas são burras demais para ver isso".

 

Numa obra onde a discrição em relação à sexualidade das personagens ficou para trás, elas conseguem ser o ponto onde o leitor morde os nós dos dedos de raiva da lentidão das duas em enfim entender o que sentem. Esse navio ainda vai para o oceano, eu acredito!

 


Mask x Kaoru

Como disse antes, Kaoru é a comedora de plantão. Ela é sedutora e tira casquinhas (ou muito mais) de quase qualquer uma que atraia seu entendesse. Porém, além de fazer seu papel de antagonista no arco de Mio e Shizuka, ela acaba começando seu próprio arco de história começa e começa de maneira mais inesperada o possível, quando ela se apaixona pela última pessoa que se imaginaria que isso poderia acontecer.

 


 

Não falei antes, mas existe um subplot em Virgin's Empire ao redor do clube de mangá, basicamente formado de fujoshis debatendo sobre BL e desenhando ecchi de homens. É um plot bastante engraçado e onde inicialmente temos a aparição de várias personagens, como Bou, ou Mask, como é chamada uma das desenhistas do clube.

 

Sempre usando máscara e uma fanática de mangá BL, ela acaba se tornando o alvo da afeição da pior pessoa possível para lidar com verdadeiros sentimentos. Sim, Kaoru, a comedora geral.

 


Sinceramente, como disse antes, poderia prolongar essa lista muito mais com outros casais que tem seu charme, como Haruka x Kanae (este começou a surgir bem posteriormente na série, então a trama ainda está se desenvolvendo e estou bem curiosa), Elisha x Honoka (a estrangeira com dois pais e a fujoshi antissocial), temos a Nao (que tem um arco por si mesma sobre seu prazer proibido do exibicionismo até que.... Well, ela acaba trazendo Onibe, outra do clube de mangá, por acidente para dentro do seu plot) ou Mari x Yuu (que ficam oscilando entre um dos casais com plots mais ecchis e momentos de fofura inacreditável).

 

Sim, a obra tem ecchi (bastante!) e não vou negar que, dependendo do casal e capítulo, este fator ainda é o grande destaque. porém, cada vez mais Virgin's Empire foi se distanciando apenas da fórmula de "fanservice da semana" para se aproximar cada vez mais do formato "casalzinho da vez", trazendo arcos de enredo longos e complexos diluídos dentro de capítulos curtos, dividindo espaço com uma dezena de outros pares e suas questões.

 

Fica a recomendação, para quem nunca leu, que leia. Para quem já leu, há muitos anos e não gostou, que dê uma nova chance. Como disse antes, este é um dos melhores yuris que acompanho. E, apesar de ser ecchi, está longe de ser apenas isto.


quinta-feira, 1 de abril de 2021
Posted by Mazaki89

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