Archive for 01/07/2018 - 01/08/2018

Comentários, surtos e teorias sobre Shoujo Kageki Revue Starlight 01 e 02

E eis que fomos pegos de surpresa por um filho entre Love Live e Utena. . . (Ótima definição que o Steve Jones também usou no review dele no Anime News Network)




Olá a todos! Sejam bem-vindos ao começo de uma nova série de textos de "Comentários, surtos e teorias", dessa vez comentando uma série que mal lembrava que iria estrear, mas que tomou de assalto minha atenção assim que teve início: Shoujo Kageki Revue Starlight. E o motivo dessa paixão inesperada é bem claro:

Não é todo dia que temos um anime que parece tanto ser do Ikuhara sem ser do Ikuhara.

Como é possível uma equipe criar algo tão influenciado pelos trabalhos do aclamado diretor de Shoujo Kakumei Utena ? A primeira resposta para isso é o nome de Tomohiro Furukawa. Ele é o diretor do anime de Revue Starlight e foi diretor assistente de Yuri Kuma Arashi. Porém, além disso existe claramente uma inteção de que Revue Starlight tenha um "estilo Ikuhara".

MAS acho que estou me adiantando. Vamos voltar um pouco a fita aqui e explicar as coisas (me desculpem, esse tipo de texto mais livre e experimental acaba me fazendo flutuar em diversas direções diferentes ao mesmo tempo)

Sobre a série

Shoujo Kageki Revue Starlight é uma franquia criada pela produtora Bushiroad que teve sua estréia em 2017. O mote principal é um grupo de nove jovens artistas que estudam na escola da companhia teatral Starlight e que buscam conquistar o posto de Top Star, a grande estrela das apresentações da companhia.

A proposta dessa franquia já de cara soa como uma junção de muitas coisas que dão certo em termos de público e de mercado: A Bushiroad é a produtora de outras franquias como Love Live! School Idol Project e BanG Dream! e isso foi utilizado como modelo de negócios para a criação de um grupo de garotas que buscam o estrelato (o fator transmídia está no cerne do projeto, que já teve uma apresentação em formato de musical, tem CDs, mangá e agora uma animação). Fora isso temos o outro fator de popularidade do setting escolhido para ambientar a franquia. Ainda que o Revue Starlight seja ficcional sua referência é totalmente o Takarazuka Revue, companhia teatral feminina centenária que tem imensa influência sobre a cultura japonesa contemporânea.

E onde entra a parte Utena/Yurikuma dessa franquia? Bom, dando para as artistas uma dose descarada de yuri, espadas, duelos e um tanto de surrealismo as coisas começam a ficar mais evidentes.

Ah, vamos direto para os episódios que tudo fica melhor!



#01 - Butai Shoujo

Ok, no começo da história somos apresentados à Karen Aijou, aluna da 99ª turma do Revue Starlight. Somos apresentadas também de maneira superficial às outras personagens de destaque desta turma. As coisas começam a se movimentar com a chegada de uma aluna transferida de uma escola na Inglaterra, Hikari Kagura. Karen fica muito surpresa e feliz, pois Hikari é uma amiga de infância muito especial com quem ela fez a promessa de chegar até o estrelato juntas.

A peça da 99ª turma. Elas pareciam um grupo feliz aí
 
Hikari tem todo o feeling dark and egde. . .

Apesar da indiferença, Karen tá feliz pela volta da AMIGA


Porém a reação de Hikari ao encontrar Karen é bem diferente do que esta esperava. Ao invés de sorrisos, Hikari é apenas frieza e distância. Quando Karen sugere que Hikari divida o quarto com ela e Mahiru (a amiga mais próxima da turma de Karen e um tanto. . . obsessiva sobre esta) Hikari nega, ficando sozinha em um quarto seu.

Enfim, a história até então estava um tanto tensa pelo clima de animosidade velada tanto entre algumas personagens (Claudine e Maya são as que mais destacam isso), mas ainda assim caminhando dentro do esperado. Só que então, quando Karen tenta encontrar Hikari na escola após o final das aulas, ela acaba descobrindo o que não deveria.

Em um corredor qualquer, um elevador aguarda. . .

E a Karen acaba sendo levada para uma experiência muito louca


As audições secretas.

Em um suntuoso palco sobre o olhar de uma girafa (?!) Hikari duela contra Junna, outra integrante da 99ª turma. Karen não compreende aquilo e, em um movimento instintivo para proteger Hikari dos ataques da adversária, acaba indo na direção do palco.

MANO, ESSAS POSES ME MATAM!


E é aí que entramos de vez na loucura ikuhariana que tanto falei antes.







Essa sequência de transformação dá para ser descrita como uma junção maravilhosa das sequências de transformação de Mawaru Penguindrum e Yuri Kuma Arashi. A linguagem visual é impressionante, mas alguns elementos revelados logo após esta transformação dão a toda esta cena um toque primoroso.

O girafa explica para Karen que a "audição" é vencida por aquela que consegue arrancar o broche de estrela que sustenta a capa da adversária. Então, apesar de ter chego ali sem qualquer conhecimento do que estava acontecendo, Karen sai vitoriosa.



Karen x Junna é o melhor ship que não é porque, bom, existe a Hikari


#02 - Unmei no Butai



Diferente do que poderíamos esperar de desenvolvimento de enredo, neste segundo episódio da série temos um aprofundamento nas questões que envolveram o primeiro e inesperado duelo de Karen e Junna. Em pararelo a isto também temos um pouco de esclarecimento sobre o que afinal está acontecendo.

A Junna-chan virou rapidinho a minha personagem favorita. . .


Karen em um primeiro momento acha que tudo não passou de um sonho, mas logo descobre que não. Porém tanto Hikari quanto Junna lhe alertam para o fato de que não podem falar sobre aquilo em público. Karen continua sua busca por confrontar Hikari e tentar compreender o motivo de seu afastamento. Hikari tenta escapar dela e chega a confrontar a girafa (?!) que é quem comanda as audições, mas sem obter alguma resposta satisfatória. Então a atenção do episódio se volta para Junna.

Tão séria, tão frustrada, mas ainda assim determinada a conseguir brilhar!

Karen fica ~chats~ quando sente que feriu os sentimentos de Junna com o duelo

Não tinha como não colocar um print do ship de ódio mais maravilhoso!

Até triste não consigo parar de achá-la adorável, tadinha. . .


A frustração da derrota e a necessidade de encontrar forças para continuar sua busca por ser uma Top Star. Dessa maneira temos uma revanche logo no segundo duelo: Karen x Junno.

Junna faz os ares de Sayonji tendo o primeiro e segundo duelo!


O duelo é intenso e tende muito a favor de Junna (as observações do Steve Jones, do ANN, sobre a simbologia desse duelo foram ótimas, fica a dica de leitura - https://www.animenewsnetwork.com/review/revue-starlight/episodes-1-2/.134573). Porém, ao final, a determinação de Karen em chegar ao topo junto com Hikari sobressai e esta vence mais uma vez.



Essas sequências de duelo são incríveis, vale assistir só por elas!

O girafa (?!) então se pergunta o motivo de Karen não ter sido selecionada de primeira para as audições (ela chegou de intrusa na primeira vez, lembrando). Ele então parece perceber que isso se deve a ligação extremamente forte de Karen e Hikari (duas pessoas com um mesmo destino).

Os créditos aparecem, mas o episódio continua. Karen vai até Junna e lhe agradece pela batalha. Junna diz que aquele não é o fim, que seguirá buscando sua estrela. As duas se conciliam e se permitem chamar pelo primeiro nome, uma demonstração de ganho de intimidade.

Tentei não colocar tantos prints da Junna, mas. . .



Ao final, vemos que outro duelo ocorria. Maya Tendou vence Claudine Saijou e seu nome assim figura em primeiro lugar no ranking do estrelato das audições.


A raiva que Claudine tem pela sua rival é tão genuína que me encanta [e faz shipar mto]

Alerta de elemento de Yuri Kuma Arashi!


Comentários finais

Um mundo ordinário onde um conflito de interesses entre os personagens culmina em uma realidade quase paralela e surreal onde seus conflitos é literal em forma de duelos onde é necessário desarmar um arranjo do adversário para vencer. . . Esta descrição serve tanto para Revue Starlight quanto para Utena e é o ponto central para entender porque esta série começou causando esta impressão forte de ter um "jeitão Ikuhara". Porém, apesar de toda a influência visual e de estrutura de mundo ficcional, Revue Starlight possui muita originalidade vindo tanto da sua outras influências quanto em questões narrativas, onde consegue deixar bem claro que, apesar de toda a homenagem nada velada, a série terá muito de si mesma para mostrar.

Ainda que o diretor Ikuhara não goste de falar sobre como estrutura suas histórias, ou mesmo explicar tudo aquilo que deixa ao entendimento subjetivo do expectador, quem acompanha seu trabalho consegue perceber alguns padrões bem claros. Talvez o mais claro seja o das realidades paralelas.

Em Utena temos a arena de duelos, um lugar que parece ser físico, mas que nunca ninguém vê de qualquer outra parte do campi de Ohtori. Em Mawaru Penguindrum temos a realidade que surge quando Himari se transforma, além da transição menos física mas ainda presente dos trens para outro lugar diferente do mundo real. Em Yurikuma temos o Tribunal da Segregação, até então o ponto culminante dessa ferramenta narrativa, onde os eventos acontecem em paralelo surreal exato da realidade.

Revue Starlight utiliza de algo bastante semelhante a isto quando cria as Audições. Diferente de Ikuhara, porém, em Starlight se faz necessário algum nível de explicação lógica para os fatos, ainda que seja uma lógica bastante frágil. Porém, ainda que aja algum motivo mais concreto, em certo nível, os duelos são também representações dos conflitos que estão acontecendo no mundo real, mas vistos sobre uma ótica mais simbólica (e surreal).

Aliás, o celular tocando para chamar as garotas para o duelo foi o toquezinho Yuri Kuma que me fez arrepiar no fangirlzismo! 

Alerta de elemento de Yuri Kuma Arashi! [2]


ENFIM. . . 

Revue Starlight está apenas começando. Para quem tem curiosidade mórbida para entender logo onde ess história vai parar (como euzinha) é possível encontrar nas ~internets da vida~ o primeiro musical estrelado pelas dubladoras do grupo. A história inicia exatamente como o anime, então a probabilidade de que siga esse enredo em boa parte é alta. Talvez eu traga mais comentários sobre essa peça no decorrer dos textos de comentários. Este primeiro já está bem atrasado, então melhor lançar antes que tenham mais episódios novos para comentar do que estes que fiz agora.

Leitoras e leitores do KaS, vocês já estão assistindo Shoujo Kageki Revue Starlight? Irão assistir depois de ler um texto tão empolgadinho como este? Não conhecem a obra do Ikuhara e por isso não estão dando muita bola? Comentem aí! Diferente do usual estes comentários não irão parar nas leituras do Yuri Café, porque quero conversar com vocês diretamente nos textos e nos comentários do site. Vamos surtar juntos!

Até muito em breve!

Yuri Café #06 - Temporada de Animes Yuris

Olá a todos!

Depois de um inesperado mês sem programas, cá estamos de volta com o Yuri Café! E não poderíamos ter voltado em um momento tão oportuno, afinal as novidades de animes nesta temporada são muitas para deixamos de comentar! Muitas garotas esportistas, amores incondicionais e até grandes surpresas que tomaram nossa atenção (e nosso lado fangirl de tudo que é inspirado no Ikuharaverso) de assalto.



Preparem aquela caneca de café e venham nos seguir nesse bate-papo sobre as novidades do mundos do lírios!

Citado no episódio: A participação das Garotas do Yuricast no podcast do Ao Quadrado no episódio #232 - Um mangá de. . . Yuri - https://aoquadra.do/2018/07/11/manga2-232-um-manga-de-yuri/


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[Notícia] Mangá Yuru Yuri entra em hiato

Depois de 10 anos sendo lançado ininterruptamente, o mangá Yuru Yuri entrará em hiato a partir da edição de setembro da Comic YuriHime.

A trama das garotas do clube de 'diversão' sempre estava presente na revista, onde chegou a ter 2 capítulos por edição. Após 16 volumes lançados, não se sabe quando haverá a volta do mangá de maior estabilidade da história yuri. Tudo o que se sabe é que o mangá irá voltar (pelo menos é o que foi comunicado).
Como autores japoneses são muito reclusos, não se sabe o por que de Namori ter tido este descanso. Basta torcer que sejam apenas férias bem merecidas ou pela carga de trabalho com a produção de Release the Spyce, anime com seu design que sair em outubro deste ano.

Fonte:

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segunda-feira, 23 de julho de 2018
Posted by Se-chan

[Notícia] Mangá Citrus acaba em Agosto

Como muitos especulavam, o mangá de Citrus estava em seus últimos instantes. Claro que a maioria das pessoas afirmava que poderia ter mais 1 ou 2 fases, mas foi anunciado na Comic YuriHime de julho que o mangá de Saburouta irá acabar na próxima edição da revista.

No total, serão 41 capítulos dentro de 10 volumes, o mangá (oficialmente) yuri mais longo após Yuru Yuri (o primeiro abertamente com relação amorosa das personagens).
O mangá ganhou adaptação para anime (disponível oficialmente pelo Crunchyroll) este ano e teve grande repercussão mundial. Tanto que a editora NewPOP já havia anunciado que irá lançar a obra.

Agora é esperar para saber como irá terminar a história de Yuzu e Mei.

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