Posted by : LKMazaki segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eu não tive tempo de revisar o texto todo, então se tiver algo MUITO errado, pode deixar um comentário me xingando que corrigo, ok? xD



Heart 09: Desculpe-me por duvidar de nós

                -Eu realmente sou a criatura mais miserável que existe. – disse Setsuna Sakurazaki a si mesma em voz alta, sozinha no dojo do clube de kendô de Mahora. Havia acabado de colocar a roupa de treino e pegava uma espada pesada (não para ela, é claro) de treino para golpear o ar até que todas as suas focas fossem consumidas.

                Estava se sentindo completamente patética. Afinal tinha escolhido voltar a Mahora, lutar pelo seu amor e tudo mais. E simplesmente não conseguia dizer isso a pessoa mais importante – Konoka! Só de pensar em olha pro rosto da garota que devia estar totalmente desapontada com ela.... a sensação era tão ruim que a espadachim quase caía sozinha. Estava com medo, puro e simples medo de admitir sua burrada desnecessária.

                Claro que ela pretendia ir falar com a garota ainda naquele dia, mas..... estava com tanto medo de não se sabe o que, que quase tremia. Como uma guerreira como ela, que passara tantas coisas na vida até ali conseguia ficar sem reação numa situação de amor adolescente?! Estava realmente irritada consigo mesmo.

                Ainda se lembrava da expressão revoltada que uma gripada Asuna tivera quando ela demonstrou que poderia não voltar de Kyoto. Aff, agora concordava totalmente com a raiva da amiga, é realmente uma pena que naquele dia ela não tivesse condições de ter dado uma surra nela, Setsuna. Porque seria bem merecido:

                - Acho que no fim ainda sou uma criança. – concluiu chateada a shinmei, começando a brandir a espada para afastar os pensamentos o máximo que conseguisse. Só assim talvez pudesse se acalmar o suficiente até a hora de encarar o rosto que tanto amava e que lhe fazia sentir vergonha por seus atos.

                Só que ela não teria o tempo que achava tão necessário para se acalmar.


                Uma leve mudança no vento que entrava pela porta foi o que lhe despertou. Foi então que sentiu a presença. Não estava só e o pior, estava logo com a última pessoa que se sentia capaz de ver. Instintivamente ela olhou para a janela da sala, que estava entreaberta e tentou ir na sua direção para sair, porém seu corpo não respondeu. Não que tivesse virado uma completa covarde, mas havia algum tipo de selo ao redor do local. Mesmo que ela quizesse com todas as suas forças escapar, não conseguiria, assim como alguém distraído querendo vir ao dojo de kendô do templo Tatsumiya, não conseguiria fazê-lo.

                Fora Konoka que colocara a barreira? Mas pelo que percebia era um tipo de barreira bem mais complexo de conjurar e manter do que uma principiante em magia branca seria capaz. Por algum motivo lembrou-se da vez que sentira a força mágica da garota diferente e se questionou, o que a distraiu um pouco, só um pouco, ao ponto dela nem ver quando a porta atrás de si fechou. Realmente ela estava merecendo levar uma surra de Asuna pelo estado ridículo da sua guarda:

                - Se-chan.

                Setsuna voltou-se e sentiu um choque percorrer o corpo quando viu Konoka ali parada, lhe observando. Não que houvessem lágrimas ou algum rancor, mas ainda assim a insegurança da espadachim gritava:

                - K-Kono-chan....

                - Se-chan... porque você fez isso? Eu... estava preocupada.

                A shinmei desviou um pouco o olhar. Realmente a havia preocupado, é óbvio que a havia preocupado, que tolice. A cada instante sentia-se mais como uma criança. Apesar disso uma voz surgiu de si sem que ela sequer quizesse:

                - Você não entende Kono-chan... as Associações de Magia são muito poderosas.... eles não vão ficar em silêncio quando souberem...

                - Eu... sei disso, Se-chan....

                - Eles são muitos, não são todos controlados pelo Eishun-sama e Konoemon-sama... eles podem fazer.... qualquer coisa...

                - Se-chan... – a quase-maga só queria saber o porquê de sua.. sim, sua Setsuna ter guardado tanto esses seus pensamentos tão pessimistas.

                - Eu.... – a hanyou olhou por um instante para os olhos fortes de sua amada e virou-se em seguida. – Eu não poderia deixar que você visse.... se eles.... se eles fizerem algo a mim.

                - ....

                - Eu... sei que fugir não ia adiantar nada.... mas... ainda assim eles vão vir até nós...

                Em silêncio, Konoka se aproximou da outra, passando os braços pelos seus ombros, abraçando-a forte como seu coração sentia tanta falta. Por um momento elas apenas desfrutaram do fato de estar novamente ali, juntas, não importando motivos ou medos. Parecia que nem mesmo o frio do inverno conseguia entrar pela janela entreaberta para alcançar os dois corações que só desejavam estar juntos:

                - Kono-chan... – engraçado como de repente questionamentos perdiam tanto o seu sentido.

                - Se-chan... eu sei que muita coisa pode acontecer. Mas isso não vai mudar o que eu sinto, nem a minha vontade de estar contigo... sempre. – disse a Konoe, quase num sussurro, as palavras que lhe vinham naturalmente.

                - Me desculpa... eu... eu quase fugi de nós. – disse Setsuna com a voz engasgada. Como era boa aquela sensação do abraço, lhe tirava o ar.

                - Tudo bem... eu sei que você voltaria, ne Se-chan... mesmo que eu tivesse que ir te buscar. – disse Konoka com um sorriso. Estava ali, a sua Se-chan estava ali. A guerreira se virou de frente para ela, apertando o abraço, enterrando o rosto nos seus cabelos. Parecia necessitar sentir realmente que estava de volta.

                - Eu te amo... Konoka. – disse a meio uzoku, fazendo o coração da outra disparar.

                - Eu... também te amo... Se-c.... Setsuna. – respondeu ela sem muito fôlego.

                As coisas eram tão simples, a espadachim se arrependia de ter tentando tanto superar tudo sozinha e acabar se machucando tanto quando um abraço tão apertado como aquele resolveria qualquer situação. Era realmente uma magia miraculosa aquela forma como as duas conseguiam se entender e se amar sem nenhuma palavra. Como se seus corações pudessem falar diretamente. Ela pode ver os primeiro flocos de neve do final daquela tarde caindo preguiçosos através da janela e a sensação de estar no seu lugar se acentuou:

                - Se-chan... tem umas coisinhas que eu preciso te falar depois. Mas não é nada demais. – disse a Konoe com um sorrisinho fraco, afinal faltava menos de um dia para ela passar por um desafio importante para sua quase-carreira como maga branca.

                - Pode ser depois ne?

                - Sim, mas porq- . – ia perguntar a garota, mas Setsuna não lhe deu tempo de terminar, ao beijar-lhe de forma apaixonada. Era tudo o que precisavam afinal para encerrar todo aquele assunto cansativo de medos do futuro.

A espadachim sentia tanta falta daquela sensação que quase fez Konoka perder o equilíbrio, enquanto lhe beijava com tudo o que sentia, com todo aquele amor, com verdadeira paixão. Ela só despertou quando escutou a garota gemer de leve:

                - Gomen ne. – pediu a shinmei, observando o rosto corado da sua “praticamente alguma coisa” e sentindo o calor no seu também. Aliás....

                - Tudo bem... – Konoka estava completamente fora do chão.

                - Kono-chan.

                - Hm?

                - Posso te chamar de namorada?

                - ......... claro. – respondeu a garota que teve duvidas de que conseguiria manter o equilíbrio. Desse jeito seu coração nunca se acalmaria. A outra riu de leve. Droga, lhe havia pegado completamente desprevenida.

                - Se-chan. – mas não ia ficar barato.

                - O que?

                - Porque quando você me beija, suas mãos descem tanto assim pelas minha costas? – perguntou a garota de cabelos chocolate, deixando escapar o sorrisinho. Setsuna realmente reparou onde suas mãos estavam, nada tão impuro assim, mas também não tão inocente. Gaguejou alguma coisa e desfez o abraço, corando.

                - Heheh, vamos então?

                - Claro. – e assim, após Konoka esperar impacientemente a shinmei trocar de roupa, elas partiram para os dormitórios, com uma sensação de paz e tranqüilidade que à tanto tempo precisavam.

                “Eu vou lutar por nós, com todas as minhas forças, Kono-chan.”
                 

4 Responses so far.

  1. Tania says:

    ae mais um cap do heart *-*
    vlw vlw :DDDD
    e agora ta saindo rapidinho os cap
    brigada msmo
    mtu bom ;*

  2. Anônimo says:

    wwoo adoguei e ta saindo rapidaun....... set-chan taradinha hashahshashashhas
    ass: nana

  3. Anônimo says:

    wwoo adoguei e ta saindo rapidaun....... set-chan taradinha hashahshashashhas
    ass: nana

  4. Anônimo says:

    adorei!
    fiquei sabendo desse blog e não consegui parar mais de ler!
    li toda a saga lives em um dia só!
    parabéns mesmo!

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