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Mastered Negima - Heart 13 - Final

Bom, apesar de todos os atrasos e percalços, eis que chegamos ao final de Mastered Negima – Heart. Assim como em Lives, estou vindo agradecer a todos que tiveram paciência para agüentar mais essa aventura KonoSetsu escrita por mim. Espero que tenha sido bom de alguma forma ler está história =)

E lembrando a todos (ou informando aos que não sabem): Mastered Negima está somente começando. Heart é o segundo arco da trama e o final da introdução à história principal (“Como é?! Ainda tem mais coisas mesmo?!”).  Ainda temos mais quatro arcos cheios de mais aventuras e desventuras para o casal estrela mais querido do universo Negima (e com certeza um dos casais mais carismáticos do shoujo-ai). E, além da “péssima” notícia de que ainda tem mais MN pra vocês, tem mais:

Mastered Negima – Destiny, já tem data de estréia, e é 9 de Março de 2011. =)

Eu sei, eu sei, ainda falta um bocado para março, mas fato é que, além de que dessa vez não haverão mais atrasos na publicação (tudo já estará concluído na época da estréia ;D) dessa vez teremos alguns materiais extras (torço para que fique bonitinho esse negócio x_x’’’).

Além disso também estou trabalhando em outro fanfiction para publicar paralelamente a Destiny, mas desse eu falo em outra oportunidade ^^

Concluindo: Obrigada pela leitura até aqui! Façam críticas construtivas e podem me enxer a paciência à vontade para que eu possa sempre trazer novas estórias boas de se ler para este blog. (Também agradeço em particular pra “equipe de apoio moral” de sempre, Se-chan, Rerisson... todos que fazem comentários sempre, dos anônimos aos velhos conhecidos!).

Em frente!

Heart 13 – Epílogo do prólogo

                Os flocos de neve caiam preguiçosos sobre a grande festa de ano novo que começava a encher de pessoas que comiam e bebiam na Praça da Árvore Mundo, no centro de Mahora. Era até bem considerável a quantidade de funcionários e estudantes que acabavam não indo ver a virada de ano junto com suas famílias, fora da escola, o que fazia da festa um evento até de grande importância. Este ano particularmente a festa estava com uma grande presença de alunas supervisionadas por Negi, mesmo as que não faziam parte da Ala Alba. Até mesmo Ayaka, que conhecia de cor as festas pomposas, cheias de riqueza e bem chatas da alta sociedade, escolhera este ano ficar em Mahora:

                - Mas que droga, além de toda essa estória de Livro, agora vamos ter que esperar o Negi conseguir construir a tal máquina de encontrar amuletos para, aí sim ter alguma ação. Chatice. – queixou-se Kotarô para as garotas da Ala Alba que se reuniam ao redor de uma mesinha para desfrutar dos quitutes vendidos, apesar da noite ainda ser bem fria.

                - Lealmente é pleciso muita paciência, mas tenho celteza de que as aventuras e desafiantes que villão, selão emocionantes, pala compensar. – comentou Kuu, engolindo em seguida um enorme bolinho de carne, de uma só vez.

                - Bem, pelo menos o ano promete muito ein. – comentou Haruna, guardando para proteger da neve uma ilustração que os outros preferiam nem ver novamente, depois do susto geral com o nível de perversão que a aprendiz de mangaká conseguia transmitir em uma imagem com dois rapazes sorridentes.

                - É verdade... essa história de poder mágico secreto ainda vai longe. – respondeu Kazumi que estava bem relaxada, já que estava totalmente dispensada de seus serviços de paparazzi naquela noite.

                - Onde está o quarteto maravilha? – perguntou Kotarô dando por falta de Negi, Asuna, Konoka e Setsuna.

                - O Aneki só estava esperando a Anechan sair do banho e se arrumar para vir. – respondeu Kamo fumando um típico cigarrinho.

                - Ah, então você estava aí Kamo. – comentou Yue sem muita emoção, ao notar o arminho sobre sua cabeça.

                Mais ao longe o novato professor Claus observava o grupo da Ala Alba com um sorriso de quem aprecia o vigor da juventude. Seus cabelos acizentados e finos esvoaçavam com muita facilidade na brisa fria da noite de virada. Ele sorria de leve, apoiado sobre sua bengala:

                - Realmente foi uma grande sorte poder vir para Mahora, logo quando tantas coisas estão por vir. – ele disse a si mesmo e parou para observar o céu estrelado. Estava realmente ansioso pelo que estava para vir a seguir.





         - Mou, Asuna, porque você demora tanto assim se não está nem fazendo nada demais nessa arrumação. – resmungou Konoka com um beicinho de insatisfação para a amiga que estava terminando de prender seus sininhos nos cabelos.

                - Ah, Setsuna, diz pra essa sua namorada parar de me enxer porque eu já estou terminando vai. – pediu a baka-red virando-se para enxergar melhor o local que estava tentando prender o acessório.

                Setsuna somente sorriu meio sem graça para a maga branca que acentuou o bico para a amiga. Negi por sua vez parecia meio perdido no tempo e espaço, de tanto que tivera que esperar, apenas olhava desfocadamente para alguma parte do espelho no qual Asuna se via para arrumar os longos cabelos ruivos:

                - Se-chan, vamos indo andando enquanto a Asuna tenta colocar esses sininhos tão simples, práticos e nada diferentes de sempre? – perguntou a Konoe voltando-se para a shinmei que concordou inocentemente.

                - É, vê se vai na frente pra parar de me atrapalhar aqui.  – resmungou a ruiva que estava realmente falhando em prender os cabelos, graças a grande pressa que a outra estava lhe colocando. Nem era ainda hora da virada e ela estava fazendo todo aquele drama! Konoka mostrou a língua de modo divertido para o espelho antes de sair pela porta empurrando a espadachim na sua frente.

                - Você não está sendo meio apressada, Kono-chan? – perguntou a shinmei sorrindo de lado para a outra garota que ainda fazia uma leve pose de irritação enquanto caminhavam pelo largo corredor agora silencioso e vazio. – Afinal ainda falta um pouco para a passagem de ano.

                - Mas é que eu gosto sempre de ficar um bom tempo pensando, antes e depois da virada de ano, Set-chan, só um costume bobo, mas eu acho bom. – respondeu a maga sendo sincera e abrindo um sorriso até tímido, fazendo a outra perder um pouco da noção de onde estava e quem era afinal.

                - Entendi.

               Elas caminharam alguns minutos a mais, sem falar nada, completamente confortáveis com a presença uma da outra, até chegarem à sacada do segundo andar dos dormitórios, um lugar que tinha uma bela visão da iluminada Praça da Árvore Mundo ao longe. Talvez fosse de propósito, mas o céu estava limpo e preenchido de incontáveis estrelas. Por algum motivo Setsuna lembrou-se de suas asas ao olhar para aquele mar infinito de constelações:

                - Ne, Set-chan. Esse ano que passou foi agitado, mas bom ne. – comentou a Konoe, encostando-se no parapeito da sacada, observando demoradamente todas as luzes que vinham da cidade acadêmica e do céu sem fim. A sensação que ela tinha no peito, de uma certa paz e satisfação, também tomou o coração de Sakurazaki.

                - É sim, Kono-chan.... apesar de tudo.

                - Viu como não íamos demorar? – questionou Asuna com um tom de raivinha ao adentrar a sacada acompanhada de Negi, que parecia finalmente ter retornado a realidade. – Nossa, que noite maravilhosa!

                - Ne. – concordou Konoka, não dando chances para mais implicâncias com sua melhor amiga.

                - Eu juro que fico com vontade de pensar na vida olhando uma noite tão bonita. –disse Asuna e seu tom soou tão... “bakaranger fascinada” que os outros três seguraram-se momentaneamente para não cair na risada.

                - Heh... realmente, Asuna. – concordou Setsuna antes que a bakared notasse o tom de diversão deles. – Eu diria que.... inspira.

                - É verdade. – concordou Negi que de repente teve em sua mente diversos pensamentos sobre seu pai, seus objetivos e o novo desafio que se abria diante de si. Eram muitos valores e acontecimentos importantes para se lembrar antes de começar um novo e promissor ano. Aproveitou para também recostar-se no parapeito, sendo rapidamente imitado por Asuna, que na verdade só procurava qualquer posição confortável para estar, não importa o lugar.

                - Foi um final de ano maluco.. com tudo o que aconteceu. – comentou Asuna para o vento e todos pensaram exatamente na mesma coisa – Setsuna-P, ou Pee, como havia sido apelidada -  a shikigami de Setsuna que ganhara uma vontade própria e que, graças a isso, havia ido muito mais longe do que os limites que qualquer outro servo de papel foi, tanto em termos de ousadia, como em termos de existência.

                - Mas este ano ainda teremos mais coisas acontecendo não é, já que Negi-sensei decidiu realmente continuar na busca pelos artefatos que seu pai escreveu. – disse Setsuna, ficando encostada próxima a sua, agora, namorada.

                - Eu fico feliz de poder contar com a ajuda de todas para isso, mesmo que... ainda sinta remorso por isso.. hehehe.

                - Você nunca muda, Negi-kun. – disse Konoka ainda com os olhos perdidos no céu.

                - Negi, você ainda vai me explicar bem o que prentende, ainda não consigo confiar nessa sua determinação. – comentou Asuna fazendo uma expressão desconfiada para o rapaz que a encarou de volta com uma expressão de exasperação divertida.

                - Mas eu já te expliquei isso tantas vezes, Asuna.......

                Entrementes, Setsuna passou o braço pelos ombros da maga de cabelos compridos, despertando-a finalmente de seus devaneios. Sorria levemente para a maga que percebeu naquele momento como era maravilhoso que “sua Set-chan” pudesse finalmente agir como quisesse, sem medos ou culpa (ainda que seu avô parecesse estar determinado a não deixá-las assim tão bem). Setsuna encostou-se também no parapeito, bem ao lado da outra, sorrindo mais abertamente:

                - Obrigada por me agüentar, apesar de tudo, neste ano, Kono-chan. – disse a shinmei com um sorriso em tom de desculpas tão sincero e fofo que Konoka teve que se segurar para não ter um pequeno surto romântico.

                - Set-chan boba.... – limitou-se a dizer enquanto se recuperava do efeito da fofura. – Sabe muito bem que eu também tenho que agradecer.... tenho muito mais motivos. – completou, deixando a culpa transparecer. Era impossível esquecer seus graves erros diante de Pee. Havia sido a menos de três meses.

                - Estamos competindo em “pior comportamento” por acaso? – perguntou Setsuna sendo divertida quanto aos graves problemas de antes, o que surpreendeu a Konoe. – Talvez, o importante mesmo é que estamos aqui, que estamos terminando um ano e começando outro tão próximas quanto jamais estivemos.

                - Sim.... – o que mais dizer quando a criatura mais maravilhosa do Universo fala todas as palavras necessárias sobre as suas vidas?

                -  Graças a você, eu posso crescer em partes do meu coração que eu jamais achei que poderia. – confessou a shinmei, olhando levemente para as luzes da praça a distância, porém depois concentrando-se no reflexo dessas luzes, no olhar que estava tão perto do seu.

                - Set-chan.... eu... eu posso finalmente ser eu mesma, por completo. Só porque você está comigo. – respondeu Konoka, ficando cada vez mais anestesiada e confusa pela proximidade do rosto de Setsuna em relação ao seu. Ela realmente iria...beijá-la na presença de outras pessoas, sem se importar, sem achar que é um monstro ou uma insolente?

                Talvez fosse um encantamento de ano novo, uma magia do verdadeiro amor. Puro e puramente humano. Sujeito a todas as falhas do mundo, mas ainda assim mais forte que o mundo inteiro. Konoka não teria tempo de refletir por completo sobre tudo isso, afinal os lábios da espadachim alcançaram os seus antes que pudesse ter qualquer definição, sobre qualquer que fosse o assunto que estivesse pensando.

               Quando seus lábios se separaram e a shinmei pode dar uma olhada no rosto corado e abobalhado de sua namorada, sentiu uma satisfação quase ilógica em existir e ser o que era, seja o qual terrível fosse sua existência. Graças a aquela princesa, existia um sentido, um valor, para sua vida, a vida de uma hanyou que voou muito mais longe do que quaisquer asas poderiam levar:

                - Uau.......... – disse Negi baixinho, sem conseguir esconder a cara de babão pelo pequeno beijo entre Konoka e Setsuna. Sorte que o casal estava muito distraído para prestar atenção à séria gafe do professor mirim. Porém Asuna, que estava bem ao seu lado, escutou muito bem, e ficou com uma vontade tremenda de encher aquela criança mal educada de porrada.

                - Ei seu moleque! – exclamou ela, baixinho, puxando a orelha do garoto para começar um sermão, o máximo que podia fazer sem chamar atenção. Porém antes que pudesse começar a falar, fogos explodiram por todo o campus, principalmente próximo à Árvore Mundo. As pessoas começaram a dar vivas e rir enquanto assistiam ao espetáculo. – Espera... meia-noite, já?!

                - É sim. – afirmou Setsuna sorrindo, afinal tinha sido ousada exatamente por causa dos últimos minutos do ano, um momento ideal para fazer desejos sem palavras, com o coração. Percebendo perfeitamente isso, Konoka riu e abraçou o braço direito da namorada, pronta para irem comemorar um novo ano.

                - Mas eu nem fiz meus desejos de virada!! – exclamou a bakared inconsolável.

                - Calma, Asuna.... – disse Negi, aliviado por não mais levar um sermão por causa de seus hormônios deselegantes.

                - Bom, vai ser um ano bem comprido, então vamos logo pra festa, Asuna! – chamou Konoka, levando Setsuna consigo pelo braço, rumando para a saída dos dormitórios.

                 - Aff!!! – resmungou a ruiva seguindo o casal estrela. Negi ainda demorou um pouco na sacada. Olhando para o céu.

                “Que a sorte continue nos acompanhando e todas as jornadas que estão por vir” pediu ele a mais brilhante estrela que achou.

MASTERED NEGIMA – HEART - FIM
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Posted by LKMazaki

Mastered Negima - Heart 12

Penúltimo capítulo da menor e mais simples saga de Mastered Negima. Espero que estejam aproveitando! E já estou anunciando aqui que a terceira parte do fic sai em breve no próximo ano. Junto ou logo após meu projeto principal de fanfiction shoujo-ai, que espero que também agrade ;D



Heart 12 – Encare os seus medos


                “Eu não vou ter medo de nada”.

                A luz do belo dia de natal entrava pela enorme janela da sala do diretor da cidade-escola de Mahora. O céu lá fora estava azul e limpo como a muitas semanas não se via, apesar do frio cortante. Era como a perfeita cena de um filme natalino feliz e despreocupado. Tudo o que Setsuna Sakurazaki queria naquele momento era poder estar num desses filmes abobalhados ao invés de ali, diante das duas pessoas que ela menos desejava ver em anos de vida – Eishun Konoe e Konoemon Konoe.

                O diretor estava confortavelmente sentado em sua cadeira, enquanto Eishun se acomodava em uma poltrona pomposa, próxima à ponta da mesa, ainda pelo lado oposto ao que estava a jove hanyou. Por motivos de educação ela aceitara sem hesitar a cadeira defronte aos dois, porém estar sentada não diminuía seus instintos de sobrevivência que gritavam sem parar. Não ia se enganar, estava diante de seus maiores inimigos.

                E não tinha nem como ela tentar se questionar, dizendo que eles ainda não sabiam de nada. Pois no momento que pôs os pés na sala, vendo seus dois potencias opositores ali, reunidos em uma data de natal,  qualquer dúvida tola de que eles poderiam estar chamando-a por um motivo qualquer se foi. Eles sabiam, isso era mais do que claro. O quanto sabiam e o que fariam a respeito disso era a única coisa a ser resolvida:

                - Setsuna-kun, fazia tempo que não a via, mesmo que tenha estado em Kyoto a pouco tempo. – comentou o grão-mestre da Associação de Kansai, com o mesmo tom e sorriso que sempre usava, como se falasse a uma sobrinha querida.

                - E-Eh... – limitou-se a responder a espadachim. Ainda que não conseguisse realmente sentir algum tipo de rancor (ainda) pelo pai de Konoka, não podia baixar a guarda tão fácil.

                O homem mais novo olhou para o ancião como se esperasse algum tipo de atitude semelhante de comunicação dele, mas não houve porque Konoemon permaneceu em silêncio, com seu olhar que não sabia se dizer para onde olhava. Graças a isso a tensão no ambiente foi aumentando conforme os minutos sem nenhuma palavra dos três passava. Isso pareceu deixar até o membro da Ala Rubra desconcertado:

                - Bem, Setsuna-kun. Eu e o grão-mestre da Associação de Kanto lhe chamamos aqui logo nessa manhã de natal porque precisamos conversar algumas coisas importantes com você. – disse Eishun, aparentemente desistindo de esperar atitude do outro. – Um assunto que provavelmente você já deva saber qual é.

                - Sim, grão-mestre. – concordou a garota, encarando-o sem desviar. Estava determinava. Na verdade estava controlando seus instintos de uzoku que lhe diziam para sacar a espada e destroçar tudo imediatamente, para evitar lengalenga inútil.

                Eishun Konoe limpou a garganta enquanto se levantava de sua poltrona. Como nunca a garota tinha visto, ele aparentava estar incomodado com a situação. Konoemon permaneceu o mesmo, parado, observando, com um peso na presença que parecia querer sutilmente suforcar os presentes:

                - Setsuna-kun, existem algumas coisas que precisamos, que eu preciso te dizer. Mas primeiro eu preciso entender melhor você, em toda essa situação. Afinal, estamos falando da minha única filha.

                A menção a Konoka pareceu deixar o ambiente dez vezes mais hostil e perigoso. A shinmei apertou os braços da cadeira na qual estava sentada:

                - Eu não quero que você comece a tirar conclusões antes mesmo de me explicar tudo. Só preciso realmente ter algum conhecimento. – era impressão dela ou o homem tentava de algum modo evitar um olhar realmente direto? Não parava de andar de um lado para o outro, por trás da poltrona do diretor, uma das mãos segurando o queixo, num ar pensativo. Setsuna teria agradecido se decidisse parar de enrolar e apontasse logo as armas para ela.

                - Pode perguntar o que quizer, grão-mestre. – disse ela, com um tom de desafio que jamais viu em si mesma. No fim, após todo o medo, ela não iria fraquejar.

                - Sabe, eu poderia começar com perguntas tolas como – quando isso começou – ou – você realmente acredita que não haverão empecilhos enormes -, mas... não quero parecer ainda mais tolo do que eu já deva estar parecendo. – confessou o homem, encarando por um momento o céu que brilhava.

                Setsuna não conseguia agüentar aquela situação sufocante. Levantou-se em um movimento, fazendo ambos voltarem-se para ela. Estava com os músculos rígidos, como a ponto de lutar, com um olhar de ataque e defesa que brilhava sobre a luz que entrava do belo dia feliz de natal. Sim, ela era uma mestiça, mas uma mestiça que estava decidida a defender seu amor com todas as forças:

                - Eu sei que todos vão tentar nos separar, porque eu sou uma mulher, porque eu sou uma uzoku. Eu sei muito bem que nenhuma das duas Associações e, principalmente, a família Konoe irá aceitar! Mas eu não vou me justificar ou desculpar por tudo. – disse a espadachim, que em algum canto de si percebia o quanto sentia-se forte e até invencível, por estar ali, por ela e Konoka.

                - Então porque? – questionou a pesada voz de Konoemon, manifestando-se, com o seu olhar oculto totalmente concentrado na meio-humana à sua frente. Era sua primeira palavra na conversa, mas ela definia muito bem o motivo completo de ele estar ali.

                - Porque? Se realmente quer saber, existe sim um porquê. – respondeu Setsuna, com ferocidade, sobressaltando Eishun que parecia a cada minuto mais temeroso.

                - Setsuna-kun, não entenda errado o que queremos dizer...

                - Por mais que eu seja leal a família Konoe, por mais que eu seja totalmente grata a família Konoe. Ainda existem coisas que mesmo a minha própria morte não poderia evitar. – continuou a garota, apoiando as mão sobre a mesa, encarando o velho sentado a menos de dois metros de si. O diretor se sentiu completamente agredido naquele momento, eram seus sentimentos funestos mais ocultos que estavam sendo atacados.

                - A sua morte teria sido mais do que o suficiente, no passado...

                - Vovô!! – exclamou o homem sobressaltado, aproximando do lado do outro.

                - Não teria! Desde o dia em que você me levou para Konoka, não havia mais volta!

                - Sua mestiça.....

                - .... – Setsuna levou inconscientemente as mãos à Yuunagi, mas nesse momento a espada foi arrancada de si, sendo jogada no outro lado do escritório. Ela viu a mão que lançara a magia de Eishun ainda no ar, enquanto ele a encarava, sério, segurando o ombro de Konoemon que fizera menção de levantar-se.

                - Você não está me deixando falar, Setsuna-kun. Eu não estou aqui para condená-la, ou mesmo matá-la. – disse ele com a voz preocupada. Ainda assim a garota não se moveu ou disse alguma palavra.

                - Droga, é claro que eu não sou um assassino. – resmungou Konoemon livrando-se da mão no ombro e se recostando em sua poltrona macia.

                - Mesmo que fosse, você não seria capaz de mudar o que Konoka sente. Nem eu fui capaz disso. – disse a jovem de 16 anos, jogando uma verdade dura para aquele homem de mais de 100 anos de vida. Ele não tinha o controle sobre o coração de ninguém.

                - Eu concordo com você, Setsuna-kun.  – disse Eishun, surpreendendo a meio-uzoku. – Eu sei muito bem o que minha filha precisa, verdadeiramente, para ser feliz. E eu não vou tirar isso dela, por nenhuma convenção social do mundo humano ou mágico.

                - O que....

                - O que estou tentando dizer, Setsuna-kun, é que não seremos nós, eu e Konoemon, que iremos nos opor a felicidade da nossa preciosa Konoka.

                - Não....

                - Claro que, para um pai e avô, você deve entender que é algo que às vezes não parece certo. Mas ainda assim, nós não somos tolos ao ponto de subestimar o que vocês sentem.

                - Eishun-sama....

                - Muitos vão ser aqueles que irão tentar, das mais vis maneiras, separa-las, afinal Konoka é a única herdeira das duas grandes Associações de Magia, com influência mundial. Além disso a inveja e ganância são motivações tão fortes quanto sujas e comuns.

                Setsuna deixou-se sentar novamente, hipnotizada pelos olhos vivos e sinceros daquele pai que demonstrava todo o amor por sua filha ali, com palavras que o colocava contra os valores do seu mundo:

                - Mou... mesmo que eu realmente não goste disso, eu ainda quero somente que minha neta seja feliz. Aliás, eu faço completa questão disso, Sakurazaki-kun. – disse o diretor de Mahora, com um tom de ordem bem frisado.

                - Setsuna-kun, você vai ter que, mais do que nunca, continuar a proteger Konoka, se quer poder viver essa felicidade ao seu lado. – disse Eishun com um ar bem mais aliviado, quase soltando um pequeno sorriso de a conversa está caminhando bem enfim. - Eu e o grão-mestre vamos fazer todo o possível por vocês, mas não poderemos evitar que o mal as alcance, lembre-se sempre disso.

                - Eishun-sama.... O-Obrigada! -  exclamou a espadachim, levantando-se e fazendo a maior reverência de todas, duas vezes, aos dois homens a sua frente. Seu coração pulava de uma maneira que ela tinha certeza de quem em breve ele sairia de seu peito e iria correndo falar a Konoka como elas poderiam ser felizes.

                - Mas não pense em fazer qualquer coisa à minha neta antes de um suposto casamento!!!!! – berrou Konoemon com um tom estridente que chegou a falhar.

                - S-sim senhor!!! – como é?! Do que eles estava falando?!?!




                Não haviam mais pedrinhas a serem afastadas pelos agitados pés de Konoka enquanto ela esperava sob uma grossa e desfolhada árvore, não tão distante assim do prédio da diretoria geral de Mahora. Estava quase explodindo de tanta ansiedade. Não sabia que preparava-se para fugir, ir ao contra-ataque ou comemorar. Sua cabeça dava nós tamanho o nervosismo da garota. Porque afinal o tempo estava demorando tanto a passar?!?!?

                - Coitada da Konoka, tá quase tendo um filho de ansiedade. – comentou Asuna encolhendo-se sobre seu sobretudo. Estava tomando um café sentada em banco junto com Negi, a uns bons metros de distância da outra, para não perturbá-la ainda mais.

                - Vai dar tudo certo.  – disse o garoto-mago com um tom de quem tentava mais se convencer do que convencer outra pessoa. A voz amarga e pesada de Konoemon não saia da sua mente.

                - Então dependendo da responda deles, Setsuna-san e a Konoka vão poder finalmente assumir o namoro, ne? – perguntou Kazumi, encostada com os braços no banco entre os dois ruivos.

                - Esses papos de amor são tão chatos, cara. – resmungou Kotarô.

                - Só nos resta torcer ne. – disse Yue tomando um suco fortalecedor de Cacau amargo com óleo de mandioca.

                - Hunf. – gemeu Chisame demonstrando seu total desprezo por qualquer sentimento de outras pessoas fora do mundo virtual onde ela era uma idol.

                - Alguém pode me dizer de onde vocês vieram e como sabem de tanta coisa assim? – perguntou a bakared com o tom mais natural que conseguiu.

                - Acha mesmo que alguma coisa escapa a Ala Alba, Asuna? -  perguntou Kazumi com um sorrisinho malandro.

                - Setsuna-san está voltando! – exclamou Negi, despertando a todos que se viraram para ver que realmente a shinmei caminhava rapidamente na direção de Konoka, que se segurava para não correr completamente desesperada para o seu encontro.

                - Kono-chan.  – disse a hanyou abraçando a garota e sentindo seu aperto aflito em resposta.

                - Se-chan, Se-chan! O que aconteceu lá? O que eles sabem de nós? O que precisamos fazer??  - o estado de nervos da garota fazia Setsuna sentir um dó que até machucava, mas mesmo assim ela deixou um sorrisinho inevitável escapar.               

                - Eu realmente não sei como, Kono-chan....mas.... estamos seguras.... realmente seguras, por eles, agora. – disse a guarda-costas e namorada da maga branca. E esta levou as mãos a boca, com lágrimas brotando de seus olhos que explodiam em brilho de surpresa e felicidade.

                - Se-chan!!!!! – se pensar ela simplesmente se atirou em cima de sua protetora que tanto amava, mas por sorte a outra estava bem preparada e a segurou num abraço bem forte e carinhoso. Não havia sensação melhor do que aquela – ter quem se ama nos braços e a certeza de que seus maiores medos agora eram parte do passado.

                Claro que as duas sabiam que os desafios ainda existiam, mas estavam tão felizes por aquela conquista tão simples e maravilhosas, que nem se preocupavam com mais nada.

               
                - Ahhh. E deu tudo certo!!! – exclamou Paru sem conseguir se conter. Ela foi tão discreta que despertou o casal do seu momento fora da realidade, fazendo Setsuna ficar com uma expressão, além de totalmente desconcertada, realmente pasma.

                - Ah.... – Asuna e Negi sentiram-se responsáveis por aquele intromissão de privacidade, por mais que na verdade não pudessem fazer nada mesmo.

                - Então hoje temos um motivo a mais para comemorar até o dia acabar!!! – berrou Kazumi e os grupo de invasores de privacidades alheias todo comemorou e berrou, deixando a shinmei ainda mais constrangida.

                - E-er.........

                -  Heheheh – Konoka riu, corando. O que mais poderia fazer afinal?
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Posted by LKMazaki

Mastered Negima - Heart 11

Heart 11 – Almas Gêmeas


                Negi se sentia estranhamente incomum naquela manhã, afinal não era sempre que Konoemon Konoe lhe chamava a sua sala e dizia que precisava conversar algo um pouco mais sério e pessoal. Ele com toda a certeza tinha recebido sua pequena bronca pela falta de suas alunas que foram a Kyoto, então não havia nada que justificasse a súbita vontade do diretor em bater um papo mais pessoal com o garoto. Mas agora tudo o que ele podia fazer era se questionar enquanto observava o ancião que parecia hipnotizado pela paisagem que via por sua enorme janela:

                - Sabe Negi, existem conhecimentos mágicos antigos que estão quase esquecidos do mundo. – começou o homem sem sair de sua observação. O garoto por sua vez mexeu-se na sua posição ali em frente a sua mesa.

                - Magias tão profundas e antigas que sequer notamos mais, mas que porém podem fazer roda a diferença na vida das pessoas, em seus destinos, poderes e até a sua felicidade.

                O único som que se escutava no recinto era o leve tic-tac do relógio de parede presente.

                - Eu, com minha idade todo, também já não sei mais sobre muitas dessas sutis magias. Porém ainda conheço algumas. E é sobre isso que eu queria lhe falar.

                Negi quase não respirava. O tom daquela conversa (ou seria monólogo?) estava se tornando mais profundo e, incrivelmente, pessoal:

                - Negi.... como todo mundo acho que você já ouviu falar em almas gêmeas, não é?

                - Sim... diretor.

                - Então... e como todos os magos, você também sabe que essa idéia não passa de fantasia.

                - É.... acredito que sim.

                - Mas não é.

                - ...

                - Almas gêmeas nada mais são do que almas extremamente compatíveis uma com a outra. Os par Magister-Minister mais poderosos, normalmente são almas gêmeas, mesmo que não saibam. Isso não está puramente relacionado a romances.

                - Entendi...

                - Sabe... quando eu formei a minha família, eu confesso que imaginei como ela cresceria e se tornaria próspera. Mesmo quando minha filha querida me apresentou o homem que desejava que fosse seu marido, eu estava no controle. Era tudo como eu imaginava.

                Sem saber o porque, Negi contornou a mesa e passou a observar também a janela enorme. Ali conseguia ver vários estudantes passando, caminhavam, corriam, viviam suas vidas felizes e simples de alunos:

                - Eu realmente sempre gostei de ter o controle das coisas, foi assim que evitei muitos conflitos mágicos neste país.

                Negi pegou se perguntando se já cruzara com a sua alma gêmea alguma vez.

                - Quando vi minha neta nascer, fiquei tão feliz. Vi nela uma mulher tão poderosa quanto poderia ter sido um herdeiro homem. A magia que existe nela é simplesmente maravilhosa e encantadora.

                - Konoka é realmente uma pessoa fora de série. – concordou Negi, tentando não pensar onde aquela conversa estava indo.

                - Quando a vi nascer eu tive certeza do seu futuro brilhante. Minha neta, uma pessoa maravilhosa.

                - Mas, porque as coisas não poderiam ser como eu estava prevendo?

                O coração de Negi deu um salto, ele viu ao longe, Asuna, Konoka e Setsuna caminhando e conversando animadamente, por algum milagre do destino, ou talvez sarcasmo, justamente naquela manhã elas estava vindo em um horário cedo para as aulas.

                - Eu tenho que te confessar, jovem Springfield. Eu quase cometi um terrível crime no passado, para preservar a minha querida neta. Para que ela ainda tivesse seu futuro brilhante.

                Negi realmente sentiu-se a pessoa mais azarada de todas por ter que ser ele a escutar aquelas verdades sombrias e amargas sobre a vida do grande Konoemon Konoe. Será que ele o escolhera pelo carinho que tinha pelo seu pai? Ou talvez por ele não ser adulto o bastante para fazer as confissões do homem parecerem tão desprezíveis.

                Será que simplesmente ele precisava desabafar e não tinha a quem?

                - Eu não consigo aceitar que qualquer coisa manche o lindo futuro da minha Konoka. Eu queria tanto ter o controle da situação.

                - Mas, como eu disse, existem magias tão antigas e profundas, que nada no mundo pode ir contra elas. E eu mesmo.... eu mesmo não consigo pensar em fazer minha neta tão infeliz. Estou realmente em uma situação difícil.

                Apesar de que Negi se sentia ainda mais azarado naquele momento.

                - Às vezes penso que eu deveria deixar o destino fazer a sua parte, pois ele é sempre tão sábio.

                - ...

                - Mas muitas noites, eu me arrependo de não ter acabado com isso tudo antes de chegar a este ponto.

                - ....




                - Natal no domingo é a melhor coisa que existe!! – exclamou Asuna, pegando um pedaço bem grande de torrada e enxendo a boca completamente.

                Era uma animada manhã de 25 de dezembro no quarto dela, Konoka e Negi. Nesse café da manhã comemorativo eles tinham a companhia de Setsuna, Yue e Nodoka. As duas cdfs estavam praticamente terminando toda a tradução junto com o professor e eles já começavam a discutir animados o que fariam com tudo aquilo que haviam descoberto:

                - Então existem amuletos que selam esse poder tão poderoso e esses amuletos estão em outros mundos mágicos próximos? – perguntou Konoka interessada.

                - Exatamente, e o livro ensina até a construir uma máquina mágica para descobrir onde estão localizados exatamente os amuletos. – explicou a livreira, que estava verdadeiramente empolgada.

                - Então ferrou ne. Se os amuletos estão em outros mundos mágicos, como é que você vai atrás deles Negi? – questionou Asuna já se servindo de mais ovos fritos.

                - Na verdade eu estava pensando em usar as férias de verão... – disse o garoto.

                - Você tá determinado mesmo ein Negi. – comentou Konoka, desviando o olhar meio abobalhado em excesso que dava para a espadachim sentada a uma distancia segura para manterem algum inútil disfarce.

                - Então toda a Ala Alba vai ir também. – concluiu Asuna.

                - V-Vocês não deveriam!!! Será perigoso! – recriminou o garoto.

                - Cê sabe que agente dá conta do recado Negi-tampinha. – riu-se Asuna e as outras sorriram. É claro que não iam perder jamais aquela aventura.

                - Ai ai... – resmungou o garoto deixando escapar um sorrisinho.

                Foi nesse momento que inesperadamente um pequeno shikigami de pássaro entrou pela janela aberta do quarto e soltou um pequeno envelope, partindo a seguir. Setsuna o agarrou no ar, instintivamente, apesar de não fazer idéia do que poderia ser, mas logo identificou a marca que o Diretor utilizava em suas correspondências, no papel do envelope.

                Negi engoliu em seco. Não havia comentado com ninguém a complexa conversa que tivera com o Diretor a menos de três dias atrás. Claro que a correspondência não deveria ter nada haver com aquilo, mas somente a lembraça já o deixava nervoso:

                - O que será que meu avô quer? – perguntou Konoka, esquecendo da distancia que existia entre ela e a shinmei, indo para o seu lado para lerem juntas, o que Setsuna acabou permitindo porque ficou distraída com a súbita proximidade.

                O texto era extremamente curto e simples:

               “Setsuna-kun, Estamos lhe aguardando na sala do diretor.
Eishun Konoe
Konoemon Konoe”.

                As duas garotas sentiram naquele momento um excesso de medo que ficou completamente evidente na cara das duas, principalmente da espadachim. Até mesmo a baka-red compreendeu o que deveria ser o sentindo daquela pequena carta naquela bonita manhã de natal.
                Problemas.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Posted by LKMazaki

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