Archive for 01/10/2007 - 01/11/2007

BlEsSeD cHiLd

Ae gente!!! /o/
Finalmente o cap inteiro de Blessed Child! ^^
O Negima Daisuki tah ocupando um pouco mais do meu tempo.. mas a partir de hoje eu começo a escrever minha nova fic... que será ENORME XD *Finalmente uma grande neh?? /o/*


Capítulo 04: Fúria de Emiko

Setsuna olhou de modo confuso enquanto Emiko olhou em volta, notando as coisas que haviam mudado no futuro.

O que Emiko quis dizer com isso?

Emiko era forte ou Setsuna era muito mole com ela porque Konoka pensava que ela poderia se machucar gravemente e talvez ela tenha baixado muito sua guarda e se machucou?

Setsuna levantou-se e fixou seus olhos nos de Emiko.

“Então você quer dizer que treina comigo de tempos em tempos?” Ela pegou Yuunagi, a desembainhou e balançou-a no ar movendo apenas seu pulso.

“Todos os dias!” A menininha disse alegre e começou a correr em volta de Setsuna que estava corada.

“Deixa eu usar a Yuunagi! Por favor!” Setsuna imediatamente parou de corar e Emiko abriu suas mãos pronta para aceitar a espada.

“Mas ela não é... longa demais para você?” Setsuna olhou para a espada, depois para a menina, e depois novamente para a espada.

Yuunagi tinha o dobro do tamanho da menina, e era impossível alguém da idade dela manejar uma espada daquela altura.

“Você me deixa usar ela as vezes.” As folhas voavam como estivessem numa dança rítmica no vento enquanto Emiko balançava a espada graciosamente usando seus movimentos juntos com os de Setsuna.

Ela parou e sentiu o vento soprar em seu rosto.

Emiko respirou fundo, e ficou parada enquanto três folhas deixaram uma árvore e agora estavam flutuando até o chão.

Assim que as folhas tocaram o chão, Emiko moveu-se em uma inacreditável velocidade que nem Setsuna conseguia acompanhar.

Em um mero segundo ela estava atrás de uma árvore e que bastou abrir seus olhos para ver que havia a cortado perfeitamente e aparentemente com total facilidade, como papel.

Setsuna arregalou seus olhos quando olhou para Emiko e reconheceu instantaneamente o movimento.

Era uma técnica especial de olhos fechados.

Setsuna havia aprendido essa técnica por si, mas nunca havia acreditado que iria algum dia passa-la adiante para sua filha tão nova.

E ainda mais, Emiko havia feito o movimento perfeitamente.

Emiko notou Setsuna olhando para ela com surpresa em seus olhos.

Ela sorriu alegremente e Setsuna saiu do trance e caminhou até ela, ajoelhando-se para olha-la melhor.

“Eu te ensinei isso?” Ela perguntou ainda chocada e com a voz ligeiramente agitada causada pelo que havia presenciado, ela encostou suas mãos nos ombros de Emiko.

Emiko notou e curvou-se e entregou a espada para Setsuna.

Setsuna estava olhando ao ambiente ao seu redor e de repente um demônio faminto apareceu atrás dela.

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A névoa preta acordou o mago adormecido ali e que abriu devagar os olhos, ainda sonolento.

Ele foi realmente acordado quando viu Asuna correndo em volta com uma toalha de cozinha em fogo e Konoka correndo atrás com água, seguindo e perdendo a garota louca e sem querer deixou cair a água no relógio de Asuna que caiu da cama quando a garota desligou o alarme de manha cedo.

Konoka segurou o punho de Asuna.

Ela tirou a toalha das mãos de Asuna e colocou alguma água na toalha.

Suspirando de alivio Konoka voltou-se para a torradeira que foi aparentemente quebrada quando Asuna bateu forte nela com uma faca.

O que Asuna estava tentando fazer, Konoka nunca entenderia.

“O que está acontecendo?” Negi disse enquanto ele saia de sua cama em um pequeno canto do quarto e olhou para Asuna que estava tentando concertar seu relógio por que Konoka havia deixado derramar água nele, e ele quebrou, mas Asuna parecia deixá-lo ainda pior.

Konoka ouviu Negi perguntar tranquilamente.

“Apenas Asuna tentando fazer o café da manha de novo.” Konoka sorriu calorosamente, tentando fazer Negi pensar que tudo estava bem.

Mas seu rosto passou de feliz para incomodado, Negi notou isso rapidamente.

“Algo errado Konoka-san?” Negi perguntou em uma voz séria enquanto Asuna desistiu do relógio e foi até o banheiro.

E de repente jogou um arminho de lá, junto com uma câmera.

“Vocês viram Emiko?” Konoka não a tinha visto desde a noite e todo o tempo pensou em Emiko ou em Setsuna aquecendo seu coração e alma.

Asuna tirou sua cabeça do banheiro.

"Eu penso... Eu vi ela essa manhã, mas eu não lembro o que ela fez."

Agora Konoka estava muito preocupada, será que ela não havia ido embora

sem ter se despedido?

Talvés ela tenha sido sequestrada.

Um monte de coisas terriveis vieram na mente dela.

"Eu tenho certeza de que ela está bem Konoka-san." Negi sorriu para ela

e colocou a mão em seu ombro.

"Talvez ela esteja com Setsuna-san, ela iria saber se ela não estivesse

por aqui." Asuna novamente saiu do banheiro com uma escova de dentes em

sua boca.

"É, essa garota tem os sentidos de um alce." Konoka sorriu para os

amigos que estavam dando apoio a ela sobre isso, sobre tudo isso.

"Por que não vamos até ela após o café da manha?" Konoka concordou e

caminhou alegremente para a cozinha ficando de frente para o fogão.

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O demonio chorou de dor quando a espada penetrou em suas costas.

A pequena garota atrás dele tinha um olhar frio.

'Oh meu Deus... Eu não havia notado isso...' Setsuna pensou olhando

para sua filha.

Emiko correu até Setsuna e deixou a espada cair e abraçou ela.

Após alguns segundos, Emiko olhou para Setsuna.

"Eu fiz bem Papai?" Setsuna conseguiu apenas sorrir para a fofa pequena

samurai que agora ela tinha no colo.

"Você foi ótima!" Setsuna riu e Emiko apenas sorriu com feliciadade.

Ela pulou do colo de Setsuna e correu em volta das plantas, ela parou

de repente e voltou-se para Setsuna.

"Eu quero mostrar algo para você Papai!" Emiko não esperou a resposta e

ela soltou suas asas.

Nesse momento, Setsuna pode ver as asas melhor que da última vez que

elas estavam entre paredes.

Ela viu Emiko revelar suas asas e dando um salto para o céu.

Setsuna pulou de seu lugar e soltou suas próprias asas apenas para voar

até Emiko e começou a brincar com ela.

"Você não pode me pegar Papai!" Se isso tivesse sido a meio ano atrás,

Setsuna teria corado e se preocupada de revelar suas asas de manha

desse modo, mesmo se estivesse numa floresta longe de qualquer pessoa

normal.

Toda a turma já sabia sobre suas asas e sobre magia então não fariam

nada se a vissem assim.

Mas ela teria que dar alguma explicação se ela fosse falar sobre Emiko

e ela sabia que provavelmente teria que falar, mais cedo ou mais tarde.

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Knock, Knock.

Konoka abriu a porta e enxeu-se tanto de prazer quando viu Setsuna e

Emiko que não pode resistir e a abraçou.

"Set-chan!" Emiko olhou para sua Mamãe que estava agora no colo de

Setsuna e que saiu dele para abraçar ela também.

"Eu sou tão fraca com relação a reuniões de família." Asuna disse e

sorriu paara a cena da porta com um copo de chã nas mãos.

Konoka saiu de Setsuna e abraçou Emiko enquanto Setsuna estava ocupada

ficando corada enquanto Asuna sorria para ela.

"Onde você estava?" Konoka perguntou enquanto ela e Emiko estavam

abraçadas e Emiko apenas sorriu.

"Eu estava treinando com Papai." Corando um pouco por causa do apelido,

Setsuna tinha começado a falar, um pouco preocupada se Konoka estava

braba com ela.

"Você está braba comigo?" Setsuna perguntou enquanto Emiko seguiu Asuna

e agora elas estavam sozinhas na sala.

"Por que eu estaria?" Konoka a puxou para um abraço, para a grande

surpresa de Setsuna, beijando-a na bochecha.

"Agora venha comer o café da manha! Pensei que poderiamos ir fazer

compras juntas se você quiser." Setsuna ainda estava corada com a

demostração de afeto que ela havia tido de Konoka e ela colocou os

dedos da mão na bochecha onde Konoka havia a beijado.

Konoka notou mas não fez nada, ela apenas sorriu para isso e pensou que

uma saida para fazer compras poderia ser um ótimo momento para falar

com Setsuna.



Continua

Esse cap foi o mais chatinho pra mim...
Num sei pq, mas num gosto de caps com lutas! XD
O pior eh que vou colocar mtas lutas no meu novo fic.. *Acho*
Até... No maximo segunda com o Lives da Mazaki! /o/
Bye o/
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Posted by Se-chan

MaStErEd NeGiMa - LiVeS cEnA 10

Gente!!!!!!!!!!!
Já virão o ep 4 do Mahou Sensei Negima! Parallel ????
Se naum... lah vai spoiler XD




*Começo do Spoiler*




GEEEEENNNTTTEEE!!!!!!!!
Já começo o ep quente!!!
Com uma MEGA cena Kono-Setsu *Claro.. o ep eh delas /o/*
Setsuna com a Konoka num carro... Konoka fala "Set-chan... vamos fazer..?" *Fazer = Beijo... Para os maliciosos naum se animarem XD* ... Setsuna segura a Konoka firme pelos ombros... as duas se olham ... a Konoka solta o cabelo da Setsuna... As duas se aproximam e... *Smack!!*
SÉRIO! BEIJO! ENTRE ATRIZES! LINDO D+!
A prova está aki:

ÓTIMO NEH???????
O ep em si foi ótimo.. o passsado delas fiko meio bakinha... pq a Setsuna choro qndo pekena soh pq a Konoka caiu e corto um dedinhu XD
Numa das cenas.. O Negi cai em cima da Konoka e a cena segue assim:
Setsuna: "Ojou-sama!" *Chega no quarto pegando a Konoka e ameaçando o Negi com a Yuunagi*
Konoka: "Ara... Set-chan..."
Setsuna: "Eu preciso sempre proteger a pureza/ virgindade de Ojou-sama!"
Negi: "ano... Setsuna-san... O que eh pureza/ virgindade?"
Asuna: "Mesmo que você ame tanto a Konoka, crianças naum deveriam se aprofundar tanto no assunto"
Setsuna: "A-Ame? N-Nã~ e-eu..."
Negi: "Ah! Setsuna-san ama Konoka-san né? Mas... Konoka-san eh uma menina também..."
Dpois a Konoka faz uma cara de quem tah pensando "Eh neh? Fazer oq? ^^''" XD
Mto bom!!
Qm naum viu tem que ver o ep logo!!! XD
Tem uma cena...que eh qndo a Setsuna tah forçando a Konoka a ir num Omiai.. E o Negi tah brigando com ela pq tah fazendo isso com a Konoka... Mas a Setsuna prende o baculo do Negi com a bainha da Yuunagi... Ela tah agaxada e o Negi em pé..
O Negi diz: "Se você ama mesmo a Konoka, esta eh a hora de agir! Eu sei q vc quer protegê-la!" *Em relação aos Omiais forçados*
Dpois a Setsuna aceita.. Chega lah ... Fala um Kono-chan mto kawaii.. E as duas saem bem felizes... XD




*Fim do Spoiler*



Agora o novo cap de Lives!!! /o/


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CENA 10 : ÀS VEZES O DEVER CHAMA


Setsuna Sakurazaki estava deitada em sua cama no inicio da manhã daquela segunda-feira. Olhava para o teto enquanto refletia. Já fazia quase uma semana que ela e sua amiga de infância e agora er... alguma coisa, Konoka Konoe haviam se beijado.

A espadachim ainda não havia parado para ponderar seriamente sobre o assunto e também não o queria fazer, pelo menos não tão cedo. Estava tão bom curtir os momentos em que passava com sua princesa, aproveitar cada investida que esta fazia sobre ela fazendo-a gaguejar e corar terrivelmente, mas ainda assim querer mais. Setsuna pensou que ainda era muito cedo para ponderar sobre qualquer coisa. Afinal, não estavam fazendo nada de errado... certo? “É assim que se fala!” concordou sua consciência alegremente. A guerreira deixou escapar um sorrisinho no canto dos lábios. Pensou em protestar contra a sinceridade incomoda da sua mente, mas restringiu-se a olhar um pouco mais para o teto antes de abrir uma carta que havia chegado ainda de madrugada a sua porta.

Passou os olhos lentamente sobre o conteúdo do envelope e piscou ao terminar de ler a carta formal nas mãos. Suspirou, sim, tem vezes em que o dever chama e não se pode ficar escapando dele para sempre. Setsuna sentou-se na beira da cama refletindo: aquilo era importante, não podia ignorar, teve certeza de que sua Kono-chan entenderia se...





- O que!? Partir em missão!?

Konoka olhava escandalizada para a sua protetora. Estavam no quarto dela e de Asuna junto com a mesma mais Negi e Kamo que tomavam café. Setsuna estava de pé com os braços erguidos como se quisesse conter qualquer investida enraivecida de sua... “alguma coisa”. Asuna mordeu uma torrada que estava no prato de Negi:

- Vai passar quanto tempo fora? – perguntou.

- Ah... mais ou menos uma semana. – respondeu a espadachim levantando mais os braços.
- Uma semana! Mas... Set-chan! – reclamou Konoka olhando exasperada para a garota a sua frente. Ia abandoná-la? Logo agora que estavam curtindo a aproximação? Como era capaz?!

- Sabe... quando o bolso aperta agente não pode ficar escolhendo sabe... – disse Negi com ar de sabedoria. Asuna e Konoka olharam de sobrancelhas erguidas para o garoto, Setsuna sorriu meio sem graça e Kamo caiu na gargalhada.

- Demais essa Aniki! – disse o animal entre as risadas.

- Ah... o que deu em você hoje Negi? – perguntou Asuna estranhando o tipo de humor do rapaz.

- Hum? Do que está falando Asuna? – perguntou de volta o jovem professor sem entender.

- Ara! Se é isso podemos falar com meu avô! Ele não te paga pra cuidar de mim?! – disse Konoka a Setsuna que sentiu incomodada de lembrar do fato.

- O diretor me autorizou a ir nessa missão, contanto que eu não te deixe sem proteção. – informou Setsuna séria.

- E vai deixar a Mana ou a Kaede no seu lugar? – perguntou Konoka sem melhorar o humor. Setsuna estalou: rapidamente sua mente formulou idéias do que Mana ou Kaede poderiam querer fazer no lugar dela durante sua falta. A raiva lhe veio, mas ela controlou antes que perdesse a razão.

- Na verdade elas vão também... – explicou a espadachim.

- Ué? E quem vai ficar no seu lugar, Setsuna? – perguntou Negi curioso se metendo na conversa e em seguida levando uma bordoada de Asuna (“Ai!”).

- É! Quem vai? – perguntou também Konoka curiosa e irritada com a situação.

- Bem... pensei em deixar a Setsuna-P...

Konoka congelou ao ouvir aquele nome:

- Ah! Aquela shikigami que usou no dia da livraria? – perguntou o mago interessando. – E ela tem poder pra cuidar da Konoka?

- Bem, como eu disse aquele dia... – começou Setsuna não percebendo a reação negativa de Konoka. - ... a Setsuna-P é um tipo de shikigami diferente da Chibi-Setsuna. Ela é muito mais independente e poderosa que a Chibi. Na verdade eu diria que ela tem três quartos da minha força total.

- Uau... – disse Asuna impressionada.

- Ela é forte mesmo! Acho que deve dar conta do recado não? – comentou Negi convencido do poder da shikigami.

- É o que eu espero. – confirmou Setsuna.

Konoka se esforçou para agir de forma mais natural, como se tivesse se convencido apesar de chateada. Porém, dentro de si, ela teve a certeza naquele momento de que aquela viagem seria muito pior do que ficar uma semana sem ver sua Set-chan. Não sabia o porquê, mas não se sentia a vontade com Setsuna-P, não pelas coisas ousadas que ouvira dessa, mas havia algo... ela não era um shikigami como os outros e teria muito tempo para se ver diante desse enigma na próxima semana.






Na manhã seguinte, lá estavam Konoka, Negi, Asuna e Kuu Fei para se despedirem de Setsuna, Kaede e Mana. Estavam na entrada da estação de Mahora que estava quase deserta, ainda era cedo. Kuu Fei comentava sua inveja de não ir enfrentar os “calas foltes” com as garotas enquanto, em um canto, Setsuna dava as últimas recomendações a Setsuna-P:

- Alerte o Diretor Geral caso encontre qualquer suspeito que seja próximo ao seu nível. – recomendou a espadachim séria.

- ... Claro. – confirmou Setsuna-P sem expressão. Setsuna ergueu uma sobrancelha: havia vezes em que achava meio estranho o jeito da shikigami agir.

- E aí gente! – cumprimentou uma voz vindo até o grupo.

- Kotarô?! – Negi exclamou. Na verdade é que o jovem menino-cão havia passado uns tempos viajando a assuntos pessoais.

- Vão partir? – perguntou o garoto ao notar as bagagens de Mana e Kaede.

- Vamos fazer uns serviços. – informou a sacerdotisa do templo Tatsumiya. Kotarô corou levemente, talvez por que também estive chegando perto da adolescência, sentia-se meio incomodado com a beleza peculiar da pistoleira.

- Ah... ei! Tomem cuidado heim! – alertou o garoto lembrando-se de algo.

- Por que diz isso, de gozaru? – perguntou a ninja com seu ar avoado de sempre.

- Ouvi dizer que um famoso assassino está no Japão. Parece que a coisa é séria. – disse Kotarô com um tom mais baixo.

- Não precisa se preocupar de gozaru. – afirmou Kaede.

- Você não tem a mínima idéia do que já tivemos que enfrentar. – completou Mana e ninguém teve dúvida de que eram capazes de enfrentar qualquer coisa.

- Não se preocupe Ojou... ah... Kono-chan. Eu volto logo. – disse Setsuna baixo aproximando-se de Konoka. A quase-maga permanecera o tempo todo de braços cruzados sem falar com ninguém. Não estava nem um pouco satisfeita, mas tinha que aceitar o tipo de vida que Setsuna levava.

- Hunf... – foi o que respondeu a ela. Sem que os outros percebessem, Setsuna se curvou sobre o Konoka e lhe beijou no rosto de modo que os cantos de seus lábios se tocaram levemente.
- Desculpe Kono-chan. – pediu antes de ir se juntar a Mana e Kaede e Konoka corou levemente diante da demonstração de afeto de sua “quase alguma coisa”.

- Bom, vamos então. – disse Mana e as outras duas confirmaram com um sinal com a cabeça.

- Boa viagem! – desejou Negi.

- Dêem bastante ‘polada’ nos ‘calas’ maus heim! – pediu Kuu Fei ainda meio inconformada por ficar em Mahora.

- Certo. – confirmou Kaede tranqüila. – Prometo que se vencer o próximo embate levo você conosco. – prometeu a ninja quando já iam entrando na estação.

- Eba! – comemorou Kuu Fei. Todos acenaram para as guerreiras até desaparecerem em uma esquina, em seguida Negi perguntou a sua mestra de Kung Fu.

- Embate? Do que ela estava falando Ku Laosu? – perguntou o garoto que ainda usava o apelido.
- É um tipo de desafio que fazemos entre nós cebolinha: eu, a Mana, a Kaede e a Setsuna! Como um pequeno desafio de luta! – contou a lutadora e Negi Asuna e Kotarô se interessaram.

- Como um torneio? – perguntou o garoto-cão.

- É, mas só entre nós ‘quatlo’.

- E o que tem que fazer para vencer Kuu? – perguntou Asuna curiosa.

- Tenho que ‘delotar’ as ‘outlas’ ‘tles’ em seqüência. – contou a chinesa fazendo careta.

- Ui... – disse Negi.

- Mas sabem, até que eu me saio bem. A Mana e a Kaede pegam leve e eu as venço às vezes, mas fico bem cansada! – disse ela querendo mostra que também era forte. – Mas daí a Setsuna diz que não vale a pena lutar comigo toda acabada. Diz que tem medo de acabar me matando! Aquela espadachim...

- Há há há! Isso não combina com a Setsuna! – afirmou Asuna pensando ser um exagero da lutadora, mas está não parecia estar brincando.

- Hum... é verdade! A Kaede ‘semple’ me diz ‘pala’ não julgar a Setsuna pela cara mansa de guarda-costas. – contou a morena com o dedo erguido e Negi e Kotarô franziram a testa tendendo a acreditar naquilo. – Ela diz que agente não faz idéia do que ela é capaz em uma luta ‘sélia’.

- Ah... que nada! A Setsuna é forte, mas não é uma maquina de matar! – debochou Asuna sem se convencer.

Enquanto isso Konoka ainda olhava para o lugar onde Setsuna havia desaparecido mais adiante. Talvez fosse só um exagero de jovem apaixonada, mas ela não tinha certeza de que seria a mesma quando a seu anjo voltasse.

Setsuna-P, por outro lado, exibia uma expressão estranha. Havia um brilho intenso em seus olhos como se dentro de si houvesse um sentimento fervendo. E shikigamis tem sentimentos? O fato era que a pseudo-espadachim abriu um sorriso que poderia ser interpretado como de triunfo, como o de quem planeja conquistar o mundo e consegue. E aquele era um sorriso completamente diferente de qualquer um que a própria Setsuna já dera.

- Vamos Konoka e... Setsuna-P? – chamou Asuna meio sem jeito para falar com a shikigami.

- T-tá. – respondeu Konoka despertando de seus devaneios.

- Obrigada Kagurazaka-san. – respondeu Setsuna-P curvando-se levemente e Asuna achou estranho ouvir a voz de Setsuna chama-la novamente de “Kagurazaka-san”. A shikigami voltou-se para Konoka que parecia meio desamparada. – Não se preocupe Ojou-sama, farei de tudo para que seja uma semana muito agradável para você.

- C-claro. – concordou Konoka incomodada.

Setsuna-P sorriu novamente, mas dessa vez um sorriso mais terno, quase carinhoso. Konoka se encolheu levemente ao lado da pseudo-espadachim ao ver esse sorriso. E shikigamis sorriam assim? Caminhou mais rapidamente para ficar mais próxima de Asuna e mais distante da boneca falante. Já esta sorriu mais abertamente e menos carinhosamente soltando os cabelos do elástico, realmente parecia não se agradar do prendedor. Uma única frase que parecia estar em sua mente (shikigamis tem mente?) saiu de sua boca num tom quase sussurrado que ninguém ouviu:

- Sim. Está semana vai ser muito agradável mesmo...







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Aiai... Konoka sozinha com a Setsuna-P... isso naum vai dar certo xD
Eh Konoka.. vai te preparando.. pq essa deve ser uma semana dificil hauhauhauhauhauha
Até amanha *acho .. espero.. rezem por mim*... com Blessed Child!! /o/
Bye Bye o/
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Posted by Se-chan

MaStErEd NeGiMa: LiVeS cEnA 09

Olá gente!
Como sempre vo posta o fic da Mazaki hoje! ^^
Tá mto bom!! /o/
Amanha trago a tradução do novo cap de Blessed Child!
A Emiko eh fffoooorrrrtiiiinhhhaaaaaaa.... ^^''''


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CENA 09: SONHO E PESADELO

O céu começava a clarear e Asuna Kagurazaka voltava para as proximidades da república estudantil de Mahora animada. Estava voltando do trabalho de entregar jornais que fazia a anos para saldar um pouco de suas dívidas com a família Konoe e já vinha aquecendo-se para o treino matinal de kendô com Setsuna que devia já estar no local de sempre a sua espera.

Correu alguns minutos e logo viu a espadachim em posição com uma espada de madeira olhando para o horizonte. Estava compenetrada e Asuna pensou que talvez conseguisse surpreende-la se chegasse de mancinho. Tirou a carta de pacto e sussurou “Adeat” enquanto se aproximava mais lentamente de outra garota pelas costas, uma enorme espada apareceu em suas mãos e ela se concentrou para que esta assumisse a forma de um enorme harisen.

Posicionou-se bem atrás da guerreira que ainda olhava concentrada para algo no horizonte e preparou-se para um golpe com toda a força. Tinha certeza de que Setsuna viraria-se a tempo de aparar o ataque de “bom dia”. Brandiu seu harisen com toda a força num golpe de menos de um segundo já preparando-se para ser contra-atacada.

PAF!

- Aw! – Setsuna caiu para frente com o impacto do leque de papel em sua cabeça. Asuna se surpreendeu: havia acertado? Como a espadachim podia estar tão desatenta assim?

- Ops! Foi mal Setsuna! O que te deu pra ficar tão avoada? – perguntou a ruiva estendendo a mão para a outra garota que aceitou.

- Ah... – Setsuna pareceu ficar perturbada com a pergunta de Asuna. A verdade é que as lembranças da tarde anterior sob a Árvore Mundo ainda estavam muito frescas na mente da garota. Havia inclusive sonhado com a Konoe, mas não era recomendável ficar lembrando ou revendo as imagens que haviam permanecido em sua mente quando acordou, pelo menos àquela hora da manhã.

- Hum? – Asuna se aproximou para olhar melhor a espadachim que corou fortemente. Colocando a mão na testa desta a bakaranger notou a temperatura elevada na pele da morena.

- A-Asuna? – Setsuna olhou temerosa para a garota que parecia estar juntando dois mais dois. Asuna abriu um sorrisinho desconfiado.

- Aconteceu alguma coisa ontem entre você e a Konoka? – perguntou a ruiva diretamente quase fazendo a guerreira ter uma convulção.

- Q-Q-QUÊ?!?! D-Do q-q-q v-você está falando Asuna?! – questionou Setsuna inutilmente tentando parecer inocente.

- Não tenta disfarçar vai.. você é péssima nisso Setsuna. – disse Asuna sendo franca e Setsuna percebeu que estava encrencada.

- Mas... eu não...

- Essa manhã, antes de sair pro trabalho... eu ouvi a Konoka dizendo seu nome enquanto dormia sabia? – contou a ruiva e Setsuna engoliu em seco. – Com o que será que ela estava sonhando, heim Setsuna?

A espadachim não teve reação por um momento. Encarou a garota com harisen ponderando: não conseguiria fingir que não havia acontecido algo, realmente era péssima em fingir e Asuna nunca lhe deixaria em paz antes de saber o que houvera. Suspirou chegando a conclusão de que não tinha saída, mas faria a ruiva jurar segredo eterno que, se fosse quebrado, poderia acabar em tragédia.

- É que ontem... – começou Setsuna baixinho e Asuna aproximou o ouvido para ouvir os quase sussuros da garota. - ... Eu e a Kono-chan... nós... – e o fim da frase só pode ser ouvido pelo ouvido atento e curioso de Asuna.

Setsuna afstou-se da ruivaficando extremamente corada. Asuna pareceu processar a informação recebida por uns segundos, talvez fossem as naturais dificuldades de uma bakaranges, e pouco a pouco um sorriso zombeiro de orelha a orelha começou a se formar no rosto dela.

- Hi...he he... – Asuna tentava conter uma enorme gargalhada que crescia sem sucesso. Setsuna ficou ainda mais constrangida.

- Aw... Asuna...

- Ha ha ha!!!!

- Asuna! – Setsuna estava vermelha como a gravata do uniforme que usava. Teve vontade de sumir dali de tanta vergonha que sentia.

- Quer dizer que agora é oficial? Quero dizer, entre você e a Konoka? – perguntou a ruiva ainda rindo-se abertamente da vergonha da outra.

- Q-QUÊ?!?! O-o-ofi-fi-f-Oficial?!

- É oras! Vai me dizer que ainda vão fazer doce?! – perguntou Asuna cruzando os braços.

- Na verdade nós ainda não...

- BOM DIA SET-CHAN! – exclamou uma voz extremamente meiga antes de agarrar Setsuna pelo pescoço conseguindo dessa vez derrubar a espadachim no chão.

- K-K-Kono-chan?! – Setsuna teve certeza de que teria um ataque cardiaco a qualquer momento. – B-B-Bom dia!

- Bom dia Asuna! – cumprimentou Negi que vinha seguindo Konoka um pouco a distância.

- Negi? Konoka? O que vocês estão fazendo aqui a essa hora? – perguntou Asuna surpresa com o aparecimento dos dois.

- Ué Asuna? Não lembra que eu e a Konoka fazemos parte da equipe que vai organizar os festejos do fim de ano? - perguntou Negi observando interessado Setsuna se levantando desajeitada com Konoka pendurada no seu pescoço.

-Ah é... mas vai ter uma reunião tão cedo?

- Não tão cedo, mas passamos aqui pra levar vocês pra tomar café com agente antes de irmos a reunião. – disse o garoto.

- Vamos tomar café, né Set-chan? – perguntou Konoka sorrindo para a espadachim.

- É? Ah... tá bom. – concordou Setsuna impotente diante do olhar da quase-maga.

- Ué? Agora? Bom... vamos então... se é pra comer... – concordou Asuna e os quatro amigos começaram a caminhar em direção ao metrô.

Durante o caminho Asuna lançava olhares desconfiados para Konoka e Setsuna, porém as duas garotas pareciam as mesma. Teriam mesmo se beijado? Bom, Setsuna não inventaria nada nesse sentido então... mas por que agiam como sempre?

Konoka se limitava a ficar pendurada no braço direito de Setsuna como fazia sempre nos ultimos seis meses, não queria colocar Setsuna em situações que a constrangessem. Sabia que agora a relação delas não era mais como antes, mas ia tentar ir com calma com sua protetora. Mesmo que agora estivessem mais próximas do que a dois dias, Setsuna era capaz de afastar-se se a maga fosse com muita sede ao pote, mas pelo menos ia aproveitar bastante cada pequeno passo que dessem dali pra frente, sem pressa.

Setsuna já havia percebido que Konoka estava “pegando leve” com ela e sentiu-se feliz pela atitude da “ex-amiga”. A espadachim ainda não se sentia segura para tomar qualquer atitude. Na verdade ainda não achava nada certo que se aproximassem daquela maneira. E se algum membro do conselho de Kanto ou Kansai descobrisse?! E se alguem da familia da maga descobrisse?! Seria morta sem piedade! Mas o pior é que deixaria uma triste Konoka sozinha! Nunca! Claro que queria ter aquele contato intimo com Konoka, mas as coisas precisariam ser com calma, ela ainda tinha que pensar muito sobre o que fariam e agradeciam profundamente por Konoka entender sua posição.

Asuna se esforçou ao máximo para por Konoka a Setsuna contra a parede no resto da manhã, mas não teve sucesso. Negi não entendeu muito bem o objetivo da ruiva, mas achou bastante graça ao ver a garota ficar irritada em não conseguir o que queria. Aos seus olhos Konoka e Setsuna não haviam feito nada para merecerem tamanha perseguição da ruiva.

“Por que elas estão disfarçando, afinal?”.

“Por que será que a Asuna está tão engraçada?”.





De maneira quase imperceptível os dias foram passando. Asuna era a única que sabia da nova fase da relação entre Konoka e Setsuna, e só poderia ser a única mesmo já que as duas garotas não davam brecha para que mais alguém descobrisse sobre seu “segredo”. Nem mesmo Paru ou Asakura se deram conta de nada, pois na frente de todos as “ainda amigas” agiam da mesma maneira de sempre, somente nos raros momentos a sós que Konoka aproveitava para tirar uma “casquinha” de sua guardiã.

No fim da tarde da sexta-feira seguinte Asuna, Negi, Konoka e Setsuna voltavam para a área estudantil de Mahora sem pressa, Asuna comentava o quanto o professor de matemática do 1º ano-A gostava de complicar as coisas:

- Caraça... É por isso que eu não consigo melhorar minhas notas em Matemática! Aquele velho babão não sabe ensinar direito! – esbravejou a ruiva para o divertimento dos outros.

- Ora Asuna, não são todos que estão preparados para lecionar para as Bakarangers. – argumentou Konoka que ia pendurada no braço de Setsuna pelo caminho.

- Se quiser podemos estudar esse fim de semana Asuna. – sugeriu Negi, mas Asuna não se agradou com a idéia de passar o fim de semana sendo humilhada pela burrice que tinha.

- Ah... sem essa! Prefiro estudar sozinha e me ferrar!

- Mas por quê? – jovem mago não entendeu a reação negativa da ruiva.

- Por que não! – finalizou Asuna não querendo continuar com sua burrice em pauta. – Então: agente não vai ao cinema? – perguntou para mudar de assunto.

- Cinema? – Setsuna repetiu se entender.

- É mesmo! O filme que agente estava comentando já chegou aos cinemas! – exclamou Negi feliz para Kamo em seu ombro.

- Esqueci de te avisar Set-chan! – disse Konoka com cara de pedido de desculpas. – Nós marcamos de ir ao cinema hoje, você vem né? – pediu a Konoe com cara de bichinho pedindo para ser afofado. Setsuna ficou sem reação por um momento.

- Ah... eu tenho que fazer minha vigília hoje... – argumentou a espadachim sem conseguir tirar os olhos da carinha de pedido de Konoka.

- Ara, Set-chan! – exclamou a quase-maga fazendo beicinho para a felicidade dos hormônios e da consciência de Setsuna que estavam sempre à espreita. – Por favor...

“Ora! Não perca essa chance de ficar perto dela!” ordenou sua consciência com tom manso. ’Mas... não posso sair do meu posto essa noite... ’ tentou argumentar a espadachim. “E vai perder a oportunidade de ficar abraçadinha com a Kono-chan no escurinho de cinema?”.

- T-tá... encontro vocês em vinte minutos no cinema. – disse a espadachim mirando a face que a fazia esquecer de tudo. Konoka abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Legal Set-chan! Você vai gostar de ir conosco! – disse abraçando ainda mais fortemente a espadachim que corou.

- Beleza! Vai ser bom mesmo! – concordou Negi que não captou o outro sentido de Konoka querer levar Setsuna ao cinema sem ser o de ver o tal filme.

Meia hora depois lá estavam os quatro amigos entrando na sessão do início da noite daquela sexta-feira. Sentaram-se nas poltronas na seguinte ordem da esquerda para a direita: Negi, Asuna, Setsuna e Konoka. A ruiva fez questão de se botar entre o professor e as amigas, pois a curiosidade excessiva que o garoto vinha demonstrando para assuntos “interessantes” vinha se mostrando crescentemente, provavelmente Negi estava chegando à adolescência e ela é que não ia facilitar pros seus hormônios juvenis.

Logo no início da sessão Konoka baixou o braço de sua poltrona para poder abraçar Setsuna. A garota corou ao sentir o abraço da “ex-amiga”, mas logo retribuiu aconchegando-a em seus braços. De vez em quando, ou melhor, quando se lembrava, Asuna dava uma espiada nas “quase alguma coisa” para checar se ainda estavam tão pudicas e se decepcionava ao vê-las comportadamente assistindo o filme de aventura.

Em uma determinada cena do filme onde os personagens paravam para um longo diálogo Konoka teve uma ótima idéia para se distrair. Protegida pela escuridao do cinema a morena virou o rosto para beijar o pescoço de Setsuna proximo a orelha. A garota arrepiou-se ao sentir o toque dos lábios de Konoka, mas logo relaxou e aproveitou a sensação daqueles beijos. Apertou a morena em seus braços e sua respiração pedeu um pouco do compasso, Konoka continuou provando sem pressa o gosto da pele de Setsuna que se segurava para não emitir nenhum som. Era dificil, mas não podia dar sinal do que estavam fazendo pois Asuna e Negi estavam logo ao lado, mesmo que a baka estivesse parecendo hipnotizada seja lá pelo que na tela grande.

Setsuna apertava o ombro de Konoka tanto pedindo para que parasse quanto para que continuasse. Nunca tinha sentido quele tipo de coisa (isso não inclue os sonhos que, afinal, são sonhos) e estava quase perdendo a razão em meio aos beijos mornos de sua amada. Esquecia-se de onde estava e sua unica vontade era a de retribuir a caricia que recebia. Virou o rosto segurando o de Konoka de modo que se encararam por um segundo. Tinha que provar denovo aqueles lábios doces da... da alguma coisa. O receio e timidez quase desapareciam quando Konoka foi se aproximando para beijá-la, mas uma gargalhada geral a fez despertar do que ia fazer e deter Konoka bem a tempo.

Konoka ainda pensou em protestar, estavam num lugar até reservadao afinal, muitos casais usavam os cinemas para coisas muito piores do que beijinhos bobos, mas a gargalhada de Asuna logo ao lado a fez pensar melhor. Setsuna sentiu aliviada por não terem sido flagradas pelos amigos, mas uma parte de si, a que dava ouvidos a sua consciencia, estava irritadíssima por terrem sido atrapalhadas logo na melhor parte da sessão.

Fora isso a ida ao cinema transcorreu na mais perfeita paz.

Pelo menos na parte de dentro do cinema.




A vários metros do cinema, um par olhos castanhos mirava o estabelecimento de uma maneira fria e idescifrável. Uma garota que carregava uma longa espada de kendô e trajava uniformes de colegial Mahora e tinha os cabelos negros puxados para um lado observava o lugar como se quisesse destrui-lo ou talvez alguem que ali estivesse.

O fato é que Setsuna-P e Chibi-Setsuna haviam sido colocadas pela própria Setsuna para fazerem a vigilia daquela noite. O shikigami menor e mais fraco havia sido deixado na parte mais distante da república estudantil para alertar a espadachim caso visse alguem suspeito enquanto a shikigami mais poderosa havia ficado para guardar as proximidades da república. Claro que os arredores do cinema onde estava não fazia parte do que Setsuna descrevera como arredores da república, mas mesmo assim Setsuna-P estava lá.

Não era possível ver o que se passava na mente de Setsuna-P, mas talvez pudesse-se supor atravez de sua atitude de partir a espada que carregava ao meio em duas em um dado momento. Setsuna havia deixado um pequeno apito mágico que bastava ser assoprado para que a espadachim soubesse que havia acontecido algo com cada shikigami. Setsuna-P pareceu lembrar disso e tirou o seu apito do bolso da camisa. Olhou o objeto por uns instantes antes de arremessa-lo ao infinito e além. Devia saber que se o quebrasse alertaria Setsuna devendo por isso ter escolhido joga-lo fora. Antes de se virar para voltar para o seu posto de vigília a pseudo-espadachim olhou mais uma vez para o cinema e soltou os cabelos, parecia não gostar deles presos como fazia Setsuna. Algumas palavras quase inaudíveis saíram de sua boca:

- Ojou-sama... devia... ser eu.







Eeehhhhhh.... Capítulo simples, porém, mmmttooo interessante! XD
Setsuna-P tah prometendo mais ainda!!
Será a melhor vilã de fics Kono-Setsu pelo jeito!! uhauahahuuahuha *Bastante empolgada*
Até amanha com Blessed Child! o/
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Posted by Se-chan

OtOmE nO kOkOrO - vErSãO fInAl

Aee gente!!! /o/
Hoje fiz uma maratona pra escrever o Otome no Kokoro XD
os 4 dias inteiros, com cenas novas, tah ai!
Vo fika fora de casa ateh sexta, entaum devo postar sabado, acho, parte da tradução do fanfic "Perfect Night"! o/

1° Dia - O Calor de Seu Corpo

Era um dia frio e nublado. As arvores, o chão, os telhados, tudo estava coberto por uma camada de neve. As poucas partes descobertas da garota de longos cabelos chocolates estavam numa temperatura perigosamente baixa. A mesma pôs seu cobertor por cima do rosto como tentativa de reanimação dos movimentos da face.

Por muito permaneceu ali, mas não conseguira ter noção do tempo. Escutou ruídos vindos do “mundo exterior”, mas não se certificou do que era com medo de perder o aquecimento que estava começando a ter no rosto.

Ela se sentia fria, apesar de seu corpo parecer estar quente. Começara a tremer de frio, seu corpo estava congelado, como se estivesse lá fora, na neve.
Sentiu a cama inclinar para a ponta contrária da parede, o ar frio veio à tona quando seu cobertor fora parcialmente retirado até a altura do umbigo.

“Set-chan.. não faça isso. Está frio!” A garota reclamava na tentativa de cobrir-se novamente.

“Esqueceu que combinamos de comprar-mos os presentes de natal juntas?” A espadachim perguntava enquanto alcançava o chá quente para a garota.

“Eu lembro sim, mas isso não faz o dia ficar mais quente.” A maga fazia sinal contrário a “ordem” de destapar-se.

“Mas é uma razão para se levantar. Se não o fizer, não terá o que dar para todos.”
A curandeira finalmente segurou o chá e começou a bebê-lo. Aproveitava o calor do chá para aquecer as mãos. Aos poucos foi levantando-se, colocando um agasalho e se encorajando a enfrentar a rua gelada.

Já arrumada, olha para a amiga espadachim. A garota estava com um casaco marrom escuro, uma calça preta, um cachecol, luvas e gorro, os três últimos de lã. Não era a toa que Setsuna falava para a maga sair da cama com tanta facilidade. A garota kendô provavelmente não estava sentindo frio nenhum.

Com muito esforço Setsuna fez com que Konoka sai-se para a rua. A neve havia parado, mas o frio e o vento gelado continuavam. As garotas estavam indo até uma estação de trem e torciam para que aparecesse um trem em breve.

Konoka debatia-se enquanto ia até o local, entre um espiro e outro, parece que a gripe a pegou de jeito. Seu nariz estava vermelho e seu corpo encolhido. A tentativa de parecer estar bem fora mais fracassada do que a de uma novela de outra emissora tentar ter mais telespectadores do que a das oito da globo.

Chegando ao local, a maga ainda tentava se aquecer, mas não conseguia. Ela mesma reclamou do frio quando acordou, mas acabou colocando uma saia, mesmo que comprida, o que a fazia sofrer com as seguidas ventanias que encontravam suas pernas pouco protegidas, apenas com uma meia calça e uma bota comprida.

Já o tronco estava mais protegido, com uma blusa de gola alta bege de lã e um casaco com uma camada interna bem grossa de pêlo. Apesar de tanta proteção no tronco, a garota não estava usando luvas, diferente de sua amiga, tendo sérios problemas em mantê-las aquecidas.

Haviam passado mais de dez minutos e a garota continuou a passar frio. Indignada, a espadachim tirou suas luvas, ofereceu-as para Konoka, a cobriu com seu cachecol e abraçou a garota que passava frio.

“Set-chan...”

“Você tem que se aquecer, senão irá pegar um resfriado.”

“Mas e você? Vai pegar frio.”

“Veja, eu já estou quente o suficiente.” Respondeu Setsuna, colocando a mão no rosto da maga.

Estava quente, realmente quente. Aquele calor gostoso da espadachim já espantava qualquer ameaça de gripe, resfriado, ou qualquer coisa que seja comum no inverno.

‘Eu sempre amei Set-chan.. Será que ela consegue notar isso?’ A garota se acomodava no ombro da guarda-costas. ‘Será que ela faz isso por que é mandada ou por que sente o mesmo por mim?’ A garota retribuiu o abraço, fazendo seus corpos trocarem calor lentamente, enquanto encaravam-se.

Todo aquele carinho de Setsuna fazia a maga suspirar seguidas vezes. A curandeira não se importava se alguém as visse assim, pois estava tão bom, tão quente que só conseguia pensar em continuar daquele jeito.

“Set-chan..”

“O que foi Ojou-sama?” O olhar de Konoka entristeceu-se. Por que a expressão “Ojou-sama” tinha que existir!? Essa expressão era a pior das piores que haviam no dicionário de Setsuna.

“Me chama que nem antigamente?”

Setsuna soltou um sorriso leve, como os de antigamente. Alias, o sorriso da espadachim era tão fofinho, bem ao contrário da expressão que ela usava atualmente. Mas na verdade, desde que ambas voltaram a se falar, o antigo sorriso da Meia-Uzoku voltara a tona, a cada brincadeira, a cada conversa desnecessária, a cada gesto de carinho que compartilhavam. A garota parecia mais feliz, mais solta.

“Kono-chan..” A garota falou tão calma. Como foi gostoso aquele leve sussurrar em seu ouvido, que fora escutado tão claramente que podia ser declarado o melhor dos apelidos, o melhor dos sons, a melhor coisa do mundo até agora. A voz de sua protetora havia mudado após tanto tempo sem se falarem. Virou um retrato de sua personalidade disciplinada, mas ao mesmo tempo continuava de tom leve, como antigamente.

Era uma sensação estranha, parecia que a voz da espadachim mudava quando falava com ela. Ficava mais carinhosa, ou será que era apenas uma ilusão feita por uma boba apaixonada?

Konoka sorriu sem disfarçar. Abraçou a garota mais forte, como se pedisse por mais. Mais daquele carinho, mais daquelas palavras, menos daquelas formalidades inúteis, menos daqueles “Ojou-samas” e milhões de vezes mais daqueles “Kono-chans”.

Setsuna foi acariciando a face da maga, dando-lhe carinho e, logo após, um beijo. Bem, não o beijo que Konoka realmente desejava, mas um gostoso beijo na bochecha. O calor dos lábios da espadachim a fez ficar corada e, ao olhar para a garota, notou que esta também estava bastante corada. Será o calor? Não, obviamente o calor que uma passava para a outra não era tanto para que chegasse a ficar tão corada. Então, será que... ?

“Set-chan, eu te amo.” Deixou escapar a garota de cabelos chocolate.

“Eu também..” Falou com bastante naturalidade Setsuna. Como se não fosse nada demais. Como poderia ser nada demais!? A espadachim nunca falaria algo do tipo com tanta facilidade! Gaguejaria, coraria mais, faria mil enrolações até admitir algo do tipo.

“Ahm? Eu.. não quis dizer.. de amizade..”

Após isso, a maga somente sentiu seus lábios sendo invadidos pelos de Setsuna. Agora não havia mais frio, não havia mais mundo, apenas Setsuna. Aquele calor gostoso que só Setsuna conseguia fazer Konoka sentir. Esse calor no coração, esse carinho tão perfeito que sentia ao notar a vigilância permanente da espadachim em seu corpo.

Toda essa preocupação que Setsuna sentia e mais ninguém tinha em tamanha intensidade com relação a ela. Não era uma preocupação de guarda-costas, não poderia ser. Desde que se conheceram, Setsuna sempre a protegeu, com todas as forças, e demonstrou isso na viajem escolar até Kyoto. Aquela flecha poderia ter matado a espadachim, mas ela não recuou, continuou a protegê-la. Não poderia ser outra coisa além de amor.

“Que alivio.. eu pensava que estava completamente iludida pensando que você poderia ter algum sentimento por mim.” Setsuna fechou os olhos lentamente e colocou sua cabeça no ombro da curandeira. “Kono-chan, eu te amo, e quero ficar assim com você.. sempre. Quero ficar abraçada, beija-la, sentir seu doce cheiro. Quero sempre estar perto de você. Sou estranha demais. E ainda mais .. sou um monstro.”

“Não diga isso Set-chan! Você é o meu anjo.. Sempre será.. Eu também quero ficar assim com você.. sempre quis ficar assim.. mas você sempre fugia.. Aha.” Konoka sorriu para aquela fofa Setsuna que agora estava em seus braços. Agora ela que parecia ser a protetora, a forte garota que tem sua amada em seus braços, pedindo por proteção e carinho.

E foi isso o que a maga fez, abraçando Setsuna com doçura, acariciando os cabelos soltos da espadachim, mostrando-lhe todo seu amor, tudo o que tivera que esconder durante os anos, não mais precisava faze-lo, podia mostrar-se completamente para sua querida amada, sua Set-chan.

Até o trem chegar se passou mais vinte minutos. As duas garotas pegaram-no e foram finalmente as compras.

Ambas estavam olhando as lojas com bastante tranqüilidade, sem pressão. De vez em quando as duas sorriam uma para a outra com uma pequena vergonha, mas não o deixavam de fazer.

Assim foram, em uma loja uma comprava algo, noutra a outra, sempre pedindo a opinião da “amiga”, e se desse para ter um certo toque na mão da outra na hora da opinião então, que maravilha! Haviam até certas horas em que se teve falsas tiradas de sujeira, com a única intenção de tocar no rosto da outra.

Konoka permanecia com parte da vestimenta da espadachim. A maga adorava o modo preocupado de Setsuna. Aquela coisa de não apenas proteger, mas de querer o bem dela a fazia ficar nas nuvens.

Discretamente as duas compraram o presente que dariam para a outra, na hora que a outra estava experimentando algo ou indo ao banheiro.

As duas haviam passado o dia juntas. O frio nem passava mais na cabeça de Konoka, a garota fora ensolarada pelo amor de Setsuna. Aquele sentimento que ela ainda não conhecia por completo. O quente do amor, da paixão, da emoção de ter seus sentimentos correspondidos.

Setsuna levou a maga até seu quarto. A caminhada até lá foi descontraída, cheia de assuntos. Já quando chegaram lá, fora totalmente diferente. A força para se despedir da espadachim não vinha. Konoka não queria se despedir, para que se despedir?

A maga encostou-se na parede, ao lado da porta de seu quarto, olhando para Setsuna. Aquela “inocência” que a guarda-costas tinha era demais. Não havia percebido que Konoka estava parada ali apenas para receber um beijo, um abraço ou algumas palavras de amor.

“Sabe Set-chan...” A curandeira tentava achar um assunto, para que Setsuna não saísse de sua frente tão cedo. O único problema era que a garota não achava assunto algum, deixando escapar somente “hums” e “Ahms” pelos lábios.

Percebendo finalmente o problema, Setsuna rapidamente foi capaz de ser bem folgada. “Kono-chan, posso ficar no seu quarto junto com você por um tempo?”

Konoka ficou abobada com a pergunta da espadachim. Desde quando Setsuna é tão.......... sexualmente abusada(!?). A maga só concordou com o rosto e abriu a porta do quarto. Não havia ninguém no quarto. ‘Por que diabos não tem ninguem? Crianças não tinham que estar na cama a esta hora?’

Bem, problema não era. Melhor para Konoka. A garota começava a imaginar mil jeitos de beijar a espadachim de surpresa, mas tudo o que conseguiu de tanto nervoso foi sentar no sofá do quarto.

A guarda-costas veio em seguida e sentou-se ao lado de sua protegida. Konoka tremia e tremia. Quando olhava para Setsuna, via que a garota sorria. Sorrir de que? Da “desgraça” dos outros!?

“Kono-chan.. você é tão bonita..” A frase foi como um tiro certeiro em Konoka. Não no mal sentido, imaginem como se, no momento em que Setsuna estava falando tais palavras para sua querida, estivesse no apartamento, bem ao lado de Konoka, um safado de um cupido com uma flexa que a espadachim teve o prazer de deixar acertar bem no coração da curandeira. Parecia que o cupido atirava centenas de flechas na maga. ‘Set-chan me acha bonita...’ Um suspiro saiu pelos lábios da maga. Lábios que em seguida foram novamente invadidos pelos da espadachim. Novamente o calor lhe vinha subindo no corpo. Konoka não entendia exatamente aquela sensação, só sabia que era muito bom e que desejava mais. Mais daqueles lábios ferventes de paixão e mais daquela língua que fazia maravilhas por dentro de sua boca.

O momento somente foi interrompido por uma chamada que o celular de Setsuna recebera. Era Mana. ‘Que atrevida! Interromper um momento tão bom!! Mesmo que não entenda, amanha ela ganhará um pequeno xingamento.’

Setsuna vira o olhar tristonho da curandeira. “Calma Kono-chan. De agora em diante nós teremos bastante tempo para nós.”

A espadachim tocou-lhe mais uma vez no rosto de Konoka e novamente a maga deixou escapar um suspiro.

As apaixonadas despediram-se contra suas vontades. A noite fora insuportável para Konoka.

Remexeu-se na cama milhões de vezes, seu coração continuava acelerado com a linda lembrança de seus beijos com sua tão amada Set-chan.

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2° Dia – Surpresas e Mais Surpresas

Konoka acordou de um sono gostoso e foi calmamente até a cozinha preparar o café da manhã quase cantarolando “Set-chan me ama!”. O sorriso não saia de seu rosto.
Ouviu de repente o toque de mensagem do seu celular vindo da sala e foi verificar. Provavelmente era uma mensagem amorosa de sua querida Set-chan.

“Não vou poder ir tomar café da manhã com você. Gome ne.”

Respondendo enviou: “Td bem, como vc disse, de agora em diante temos todo o tempo do mundo p aproveita. Vejo vc na aula! S2”

A maga arrumou-se para a aula após o café, esperou um pouco por Asuna e foram juntas com Negi para Mahora.

Chegando lá, Konoka procurava indiscretamente pela espadachim. Quase desistindo, a curandeira foi para a sala desejando que a garota estivesse lá. Mas não estava, o que a fazia desanimar.

Começara a caminhar pelos corredores sem rumo até que alguém a puxou para um canto e a roubou um beijo.

“Set-chan!” Quase gritou a maga surpreendida e com os olhos brilhando. A garota apenas respondeu com um abraço gostoso, profundo. Konoka começara a sentir o corpo de Setsuna encostar no seu e corou levemente. “O que foi? Tudo isso é saudade?”

“Vamos para um lugar mais quieto? Preciso falar com você.” A espadachim estava estranha. Tão trancada, mas ao mesmo tempo tão apaixonada. Konoka aceitou apenas com a cabeça pois ainda se recuperava do abraço.

As duas caminharam até a Arvore do Mundo. ‘Por que Set-chan quer cabular aula? Ela não é disso..’

A espadachim segurou sua protegida no colo e pulou até uma parte mais alta da arvore. A vista era linda, romântica, perfeita. A maga sorrira para aquilo tudo e, quando olhou para sua amada, vira a garota com um olhar distante.

“Que foi Set-chan? Você parece tão--” Setsuna segurou-a tão forte que perdera a fala. Podia sentir perfeitamente as curvas da guardiã, o corpo definido que antes só tinha a função de protegê-la, as mãos que antes eram protetoras serviam agora para outros afazeres, prazerosos afazeres, enfatizo.

‘Como Set-chan sabe ser tão.... segura com relação a essas coisas.... indecentes(!?)’
A maga sentia sua camisa ser aberta e os lábios de Setsuna passavam de seu pescoço para o tronco. “Calma... eu posso cair..” A maga resmungou quase que parando no meio para não parar o ato de sua guardiã. A garota, como se estivesse ignorando a fala da maga, tocava nas costas da sua enamorada querendo continuar a tomá-la para si.

“Prefere em outro lugar?” Como Setsuna poderia estar agindo daquele modo?? Ela não era assim! Será que Konoka não conhecia metade daquela espadachim que agora estava mais para professora pratica de anatomia humana?? Aquela garota agora era impulsionada pelo puro desejo de posse, não mais pelo desejo de proteger, agora ela estava mostrando seu real eu? ‘Como que Set-chan conseguia esconder tanto...... fogo(!?)??’

“Desculpa.. Acho que estou me apressando demais..” Falava Setsuna com um olhar triste. ‘Que olhar é aquele? Será que a calma e paciente Set-chan na verdade era pura paixão por dentro?’(Ou por fora, dependendo do ponto de vista.)

“N-Não que eu não queira.. mas é que está indo um pouquinho rápido.. não acha? Temos tanto tempo pela frente, será que temos que fazer isso um dia depois de nos beijarmos?” Dizia Konoka enquanto brincava com a gola da camisa do uniforme da guarda-costas.

Logo após a espadachim resmungou algo, mas Konoka não escutara. O olhar da garota Shinmei estava profundo nos olhos da maga. Parecia um olhar de saudade, mas por que saudade se ela estava bem a sua frente?

“Mas se Set-chan quer agora.. não me importo.. eu deixo ser mais rápido..” O que a maga estava virando?? Estava caindo no jogo sedutor daquela espadachim de lábios ferventes por beijos de cabelos negros e de corpo tentador em sua frente. E o pior, queria cair!! Um dia e já podiam se co--... Bem... fazer .. safadezas.

As duas enamoradas trocaram a romântica árvore do mundo pelo ninho de amor da Meia-Uzoku (Notem a ambigüidade na palavra “ninho”). Que imprudência, se meter no quarto de alguém que já deixou bem claro que, se tiver oportunidade, irá te agarrar, te jogar na cama e sair testando mil fetiches para deixá-la cada vez mais com sede de amor (para não dizer outra coisa). O corpo da maga já fervia só com a imagem que se fazia em sua mente do momento clímax (se é que me entendem.).
Setsuna abraçou-a por trás, beijando-a no pescoço. Por que ela estava fazendo aquelas coisas tão gostosas e tão rapidamente? Parece até desespero! Konoka começara a não conseguir mais pensar. Sentia a mão de Setsuna invadi-la por baixo da roupa e fazendo-a deixar sair sons que nunca havia feito antes.

Quando notou, (não que tenha sido rápido, apenas quero livrar os leitores que não desejam ler indecências maiores ou para deixar os que querem ler só na vontade.) estava na cama da espadachim. O calor de Setsuna era tão bom. Agora estava lá, abraçada nela, (observação: ignorem o fato delas estavam nuas.) suspirando e lembrando o que acabara de acontecer.

Ia notando cada marca, cada machucado, cada parte do corpo da espadachim que fora moldado para protege-la, para ficar perto dela, para poder ter seu único desejo realizado. Konoka sentia-se agradecida por tudo o que a garota tinha feito para ela até hoje, então sentia que deveria fazê-la feliz. Se ela tinha vontade de fazer indecências mais cedo do que a maga achava que era certo, bem, ela teria que se forçar a faze-lo pelo bem estar de sua protetora (cof cof).

Aos poucos se levantaram e saíram do quarto. Já era hora do almoço. (Será que foi tão longo assim!?). Realmente, sentia-se cansada. Setsuna foi gentil no começo, mas quanto mais tempo se passava, mais Konoka se empolgava e fazia coisas que nem sabia que sabia fazer. Será que seus instintos eram tão bons assim? Ou era a espadachim que a guiou adequadamente até este resultado tão prazeroso? A resposta ela não precisava saber, só sabia que desejava mais daqueles momentos calorosos com sua amada (enfatizem o “calorosos” e notem sua ambigüidade.).

Ambas voltaram para a sala e após algumas horas de aulas insuportáveis (pelo menos no momento), Setsuna tinha que cumprir algumas ordens de Konoemon e Konoka voltou para seu quarto.

Depois de algumas horas, Konoka havia acabado de cozinhar para Negi e Asuna, que iriam treinar no resort de Evangeline, e fará mais um jantar em instantes, pois Setsuna ficaria no quarto dela enquanto seus colegas de quarto não chegassem.


Negi e Asuna haviam acabado de sair quando Setsuna bateu na porta do quarto. “Ojou-sama... ainda está acordada?” Perguntava Setsuna com cautela. “Sim, pode entrar Set-chan!” Konoka respondia animadamente abrindo a porta. Konoka já estava de pijama, estando com um avental para não se sujar de comida. “Hoje temos um jantar ocidental.” Falava Konoka soltando um sorriso logo após.

“Ojou-sama está ... animada ...” Setsuna estava com os olhos vazios, sem vida. Era difícil descrever que tipo de tristeza era. ‘Por que Set-chan parece tão triste? Será que ela achou ruim?’

“Claro, pois você está aqui Set-chan!” Afirmou Konoka olhando fixamente nos olhos de Setsuna.

“Ahm.. Kono... Ojou-sama.. Por que tanta alegria por minha causa?” Perguntava Setsuna se afastando um pouco da maga.

‘Por que!?’ Konoka deu as costas para a espadachim. ‘Talvez por que há algumas horas atrás eu estava na sua cama!’

Setsuna, tentando acalamar a amiga, tocou em seus ombros e colocou seu rosto ao lado do da outra. “... calma ...”.

A maga olhara para a outra com um ar de preocupação. “Kono-chan... o que foi?” Setsuna tira uma das mãos do ombro de Konoka. Logo após, Konoka vira-se para Setsuna, encarando-a fatalmente.

“Se-chan.. me diga a verdade...” Setsuna assustada tirou a outra mão e deu um passo para trás.

“Sobre o que?” Konoka deixara Setsuna encurralada, dando apenas duas opções: ou ela continuava em pé, ou sentava no sofá. Konoka, que continuava a avançar, chegou a milímetros dos lábios de Setsuna. “O que está te deixando triste...?” Após a garota falar, beijou levemente os lábios da espadachim. Setsuna se atirou no sofá de qualquer jeito.

Konoka sentou-se ao lado da guarda-costas. “Set-chan.. eu te amo.. só fui notar isso quando você chegou aqui em Mahora e me ignorava.. pensei que nunca mais ia falar com você e me apavorei.. por isso.. me diz.. eu estou preocupada com você..”

‘Setsuna parece ainda mais deprimida ainda. Mas por que aquela tristeza se tinha acabado de ficar junto da pessoa que ela gosta? Ou será que Set-chan estava apenas pensando em mim e não nela mesma?’ Konoka segurou o rosto de Setsuna para que a olhasse nos olhos. “Set-chan.. se você não quer .. me diga..” A maga abaixou a cabeça, escondendo o rosto.

“Kono-chan.. Eu sinto muito..” A espadachim resmungou olhando para outro lado. A garota não conseguia mais encarar Konoka.

“Set-chan.. pode me fazer um favor?” Konoka levantara seus olhos, revelando lagrimas neles. “O que quizer!” Setsuna dizia tentando alegrar a amiga ou o que a garota fosse agora para ela. “Me dá um último beijo..?” Konoka pediu escondendo seus olhos nos ombros da guardiã. Setsuna sem exitar segura o rosto de Konoka e levando seus lábios em direção aos dela.

O silencio tomora conta. Após longos minutos de um beijo deprimido, pelo menos ao ponto de vista da curandeira, Setsuna tirou a maga de seus braços, mesmo com resistência da outra.

“Sinto muito Ojou-sama..”

“Então por que você quis fazer aquilo hoje?” Konoka deixara cair mais lagrimas dos olhos. “Você disse que me amava! O que está acontecendo? Você não está parecendo mais feliz agora que acabou!”

Setsuna engoliu a seco e olhou firme para a maga. “Minhas ordens são para que você permaneça feliz, mesmo que isso custe a minha...”

“Então quer dizer que... tudo aquilo...”

“Não era verdade.” Setsuna voltou a desviar o olhar.

“Então siga a minha ordem Sakurazaki Setsuna: Não me beije, a menos que deseje fazer isso do fundo do coração!” A maga friamente disse para a garota que agora estava quase que em continência e esta saiu de lá, deixando a curandeira na escuridão do quarto.

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3° Dia – Toda a Verdade

Konoka acordou na véspera de natal depois de uma noite quase que completamente em claro e preparou o café em silêncio. Não esperou Asuna para ir até Mahora, pegou um dos primeiros trens do dia.

Mas ao contrario do que devia, a curandeira não chegou nem perto de sua sala. Focou vagando por horas pelo campus, até que chegara a hora de ir para sua classe e encarar Setsuna.

Entrou na sala e passou pela carteira de Setsuna desviando o olhar. Ao chegar na sua carteira, Konoka tentou prestar atenção na aula, mas fracassou. Tudo o que conseguia era pensar no momento em que a espadachim a possuía, desfrutando de seu corpo, seus gemidos e ingenuidade.

Tentando espantar os pensamentos impuros e incorretos naquele momento, a maga pegou o livro de sua pasta e viu um papel cair de seu bolso. Quando abriu, reconheceu a letra da guarda-costas.

“Kono-chan
Encontre-me no telhado de Mahora no horário de almoço,
Irei te entregar seu presente de natal adiantado
E lhe contarei toda a verdade.

Sakurazaki Setsuna”

‘Se-chan... que verdade..?’ Konoka se preocupava em manter a consciência e não deixar-se levar pela esperança, mas era mais forte que ela. Sua Set-chan estava querendo dizer-lhe algo que poderia deixar tudo como antes.

Quando a hora chegara, a curandeira foi correndo para o telhado. ‘Set-chan... Eu te amo.. Você vai me dizer a verdade.. obrigada.. eu estava mesmo muito preocupada com você...’

A maga abriu a porta empolgada, mas perdeu completamente o sorriso ao ver o que acabara de presenciar. Descobriu ao mesmo tempo que Tsukuyomi veio para Mahora, que havia algo entre ela e Setsuna e que não era apenas um caso, pois vira a prova disso.

Setsuna estava beijando Tsukuyomi. Abraçada nela. Tsukuyomi estava com um anel nas mãos. Não era um anel comum, era de prata. Lágrimas começaram a sair dos olhos de Konoka. A espadachim que ela tanto amava finalmente saiu daquele maldito beijo com a mais nojenta das criaturas.

“Então essa era a verdade...” Tentava não gaguejar entre as palavras. “..Não quero nenhum presente.. Não tem nada nesse mundo que tire essa dor de mim..” E saiu correndo. Fugindo daquela cena, fugindo da verdade.

Será que quando fizera amor com ela, Set-chan teria pensado nessa criatura?? Tsukuyomi! Tsukuyomi! Isso é nome de demônio! E estava tomando o seu anjo para ela! Um dia ainda iria matar ela!!

Escutara de longe alguns gritos e estrondos, mas ignorou e foi até a Árvore do Mundo. ‘Por que vim aqui?? Só para me lembrar mais de ontem!?’ A maga tentava tirar as lágrimas dos olhos, mas falhou. Durante todo o almoço chorou, como nunca, mais do que no dia anterior.

Foi novamente para a sua sala, mas Setsuna não estava mais lá. Obvio, não queria encarar a maga de jeito nenhum. Não seria tão descarada!

Negi chegou, acompanhado de uma garota de cabelos claros e óculos. ‘Essa garota com cara de abobada de idiota não tem nada! Baka! Nojenta! Feia!’ Konoka começara a surtar de raiva, mas parou no instante que viu que a espadachim estava com ferimentos em diversas partes do corpo. No rosto, nos braços, tanto que o esquerdo mal se movimentava, no pé, e provavelmente em partes cobertas pela roupa.

Outra coisa que notara era que a espadachim não estava mais com o anel de antes. ‘Será que Set-chan não tinha nada com ela?’ Mas o que fora aquilo? Aquela horrível visão que nunca mais queria repassar em sua cabeça, mas que vinha todo momento.

Após uma aula torturante com sua maior inimiga a alguns passos dela, perto o bastante para estrangula-la, Konoka fora tomar um banho nas enormes banheiras do dormitório.

De dentro dele escutara duas vozes. Eram Tsukuyomi e Mana. ‘Essas duas são amigas? Devem se conhecer das missões do meu vovô..’

“Hmm.. Parece que você e Setsuna estão bem intimas pelo que notei nas missões..” Dizia Mana em tom sarcástico.

“Pois é. Eu e a Senpai acabamos nos dando muito bem, pena que ela é meio exagerada na força. As vezes acabava machucando.” Tsukuyomi falava em tom meio baixo, mas ainda forte o bastante para a maga escutar.

Num só pulo a maga saiu correndo. Para onde estava correndo tão rápido? Para o quarto de Setsuna. Iria tirar a historia a limpo, todos os detalhes.

Agora estava em frente a porta de sua(!?) amada, respirou fundo e bateu na porta.

“Quem é?” Veio uma voz desanimada de dentro do quarto.

“Sou eu Set-chan..”

“Pode entrar..” Na mesma hora Konoka abriu a porta e viu a espadachim sentada na cama tapada com um cobertor. Chegando mais perto a garota viu que Setsuna estava cheia de machucados, como Tsukuyomi.

“O que aconteceu entre você e a Tsukuyomi?” Konoka quase gritava de raiva. Encarava a espadachim ferozmente.

“Um desentendido.. Um enorme desentendido.. Você entendeu tudo errado..” A guarda-costas olhava de modo triste para um canto qualquer do quarto.

“O que você quer dizer com isso..? Acabei de escutar uma conversa entre ela e Mana-chan. Pelo jeito vocês estão bem entendidas!” A maga sentava-se na ponta da cama olhando preocupadamente para Setsuna.

“Eu não tenho nada com Tsukuyomi.. Muito menos quero ter!” A espadachim encarou Konoka com seriedade. “Tsukuyomi me agarrou! Eu nunca quis aquele beijo!!”

“Você ia me entregar adiantado o presente, né?” Konoka tirou um embrulho da pasta e ofereceu-o para a garota. “Para você, Set-chan..” A maga começara a ter lágrimas em seus olhos. “..Eu sei que meus sentimentos não são correspondidos..” As lágrimas que iam caindo estavam sendo tiradas logo após por suas mãos. “.. Mas isso não muda em nada meus sentimentos por você.” Respirando fundo, a garota de cabelos castanhos tentava pegar junto coragem para terminar o que começara de falar.

A garota escutara seriamente, logo estava abrindo o presente e vendo que era uma caixinha de música. Abrindo a caixa e escutando a bela melodia, Setsuna abaixou a cabeça.

“Eu te amo, Set-chan..” A maga conseguia ver um certo tremor vindo de Setsuna.

‘Set-chan não parece bem, ela parece estar sofrendo muito.’ Konoka preocupava-se com a reação da garota e com o que estava realmente acontecendo.

“Oj-....” A espadachim tentava falar, mas estava nitidamente abalada. A maga tentava enxergar seu rosto, mas a garota a impedia abaixando o rosto ainda mais, deixando seus cabelos negros na frente. “N.. Não deveria se preocupar tanto comigo.. Eu não mereço esse presente, nem seu amor..” A guarda-costas segurava firme a caixa que continuava a tocar.

“Não é questão de merecer ou não.. Eu te amo.. ninguém é culpado ou não é digno de amar ou ser amado..” Konoka puxou o rosto da espadachim e se deparou com seu rosto cheio de lágrimas.

Ao ver o rosto sofrido da guarda-costas, a maga não se segurou e puxou Setsuna para seu colo.

“Set-chan.. você não precisa sofrer... Por que você tem que se maltratar tanto e não me falar nada do que está acontecendo..”

“Você não entende Kono-chan..” A espadachim pressionava o rosto no colo de Konoka. “.. Não sou eu... São eles..”

“Quem..?”

“Kono-chan.. Você não pode saber.. Eu nunca me perdoaria se te falasse...” Setsuna olhava para a curandeira com receio.

Konoka sentia a tristeza da espadachim naquele momento. Um sofrimento sem igual emanava daquela garota de cabelos negros. Lentamente Konoka puxava a guardiã para mais perto de seu rosto. Mesmo com a outra tentando fugir, a maga conseguiu ser mais forte do que ela e a beijou de leve nos lábios.

“Você não precisa carregar tudo sozinha nos seus ombros Set-chan..”

“É diferente... Eu preciso carregar!” A guarda-costas parecia ter acordado para a realidade e empurrou-a, saindo correndo para fora do quarto.

‘O que está acontecendo!? Por que Set-chan estava chorando? Por que eu tenho que ficar de protegida e não saber de nada!?’ A maga tentou alcançar a garota, mas não tinha tanta velocidade quanto a outra que tinha anos de treinamentos árduos.

Após algumas horas de caminhada sem rumo, Konoka foi surpreendida por Asuna, que estava com uma aparência preocupada.

“Konoka! Konoka!” A garota vinha gritando ao longe.

“O que foi Asuna?”

“Rápido! Você precisa falar com o diretor-geral!” A garota de cabelos laranja segurava firme Konoka pelos ombros.

“Por quê? Por que tanta pressa?” A maga se desesperava, há muito não via sua amiga com uma aparência tão séria.

“Por que Setsuna-san está querendo sair de Mahora e nunca mais te ver!”

O choque na curandeira foi instantâneo. ‘Set-chan... Nunca mais... Não! Não! Isso não pode acontecer!!’ Lágrimas saiam dos olhos de Konoka em seguida.

“Calma Konoka. Você ainda pode falar com o diretor-geral, tente convencê-lo de deixar Setsuna-san ficar em Mahora!”

“Mas por que meu avô?”

“Por que tudo começou por causa dele. Acabei de falar com Setsuna-san e ela me explicou tudo. Vá resolver com ele!” Não era preciso nem ordenar, a maga já fora correndo instantaneamente para a sala do diretor-geral mesmo sem saber o que ele fizera para Setsuna querer ir embora de Mahora e deixar de protegê-la.

Chegando lá, escutou a voz de Konoemon e de uma garota, era Tsukuyomi.

“... de presente para ela. Foi por pouco que Senpai não revelou tudo para Konoka Ojou-sama. Acabou correndo desesperada. Mas agora está tudo resolvido, uma vez que ela irá embora de Mahora.” Tsukuyomi falava com um tom de felicidade.

“Correto. Não que eu seja contra ela ser uma Meia-Uzoku, mas a linhagem dos Konoe deve continuar. Como a minha querida Konoka é a única herdeira, como que as Associações ficariam sem a continuação da família que comanda a incontáveis gerações? Posso nunca ser perdoado pela minha neta, mas ela irá entender que seu futuro é o de herdar esse poder das Associações.”

O idoso tomava fôlego ao mesmo tempo em que ia em direção a janela. “Setsuna-kun seria um pretendente perfeito se tivesse nascido homem, mas isso não adianta, já que não há como mudar isso.”

Konoka entrou em choque. ‘Meu avô... Como pôde.. Então aquilo tudo foi feito a força?’ A maga correra sem rumo. Já era tarde da noite quando a curandeira parou na mesma estação de trem em que tivera o seu primeiro beijo com Setsuna.

Havia esfriado, começara a sentir o frio dessa véspera de natal ao enxergar pequenos pontos brancos descendo do ar. A neve começara a cobrir lentamente o chão, as arvores e seu corpo parado na estação.

Relembrando o momento de seu beijo, a maga sentira as lágrimas saírem de seu rosto lentamente. Aos poucos tentava se acalmar e pensar onde mais Setsuna poderia estar.

“Set-chan.......” Sussurrou no começo de uma depressão repentina.

“O que foi...? Kono-chan...” A curandeira olhou para o lado e viu a garota de cabelos negros sentada no mesmo banco daquela manhã fria.

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4° Dia – O Anel

“A noite está linda, não é Kono-chan?” Setsuna dizia sorrindo.

“Do que você está falando!? Você não pode ir embora!!” A maga dizia enquanto ficava mais próxima da espadachim.

“Infelizmente eu não consigo mudar meu jeito de ser..” A guarda-costas levantou-se calmamente. “... Eu não consigo não te amar..” Disse olhando para a garota que tremia em sua frente.

“Eu também te amo Set-chan, então não vá embora só por que meu avô diz que para não me amar!” Os olhos da curandeira já começavam a encher de lágrimas, enquanto Setsuna mostrou um pequeno sorriso em seu rosto.

“Não é tão fácil..” A espadachim tinha agora um olhar distante. “.. Não pode apenas ser decidido por nós.. Já que você deve seguir a linhagem dos Konoes.”

“Eu não quero nenhuma linhagem!!” A maga gritou segurando o ombro da sua amada. Konoka chegava cada vez mais perto da guardiã, até que se abraçou no braço da garota.

A espadachim acariciava seus longos cabelos cor de chocolate. “O que você vai fazer? Provavelmente serei morta pelas associações se tentarmos ficar juntas..”

“E eu me matarei se fizerem isso!!” Dizia a maga com um olhar decidido.

Um silêncio se fez por alguns segundos. Alguma tristeza vinha de repente na curandeira. Não queria se afastar de Setsuna, mas seu avô é totalmente contra. O que ela tinha que fazer para resolver tudo?

O momento fora quebrado pelo soar dos sinos. Era meia noite, natal e podia se ouvir as festas começando nas redondezas.

“Kono-chan...” Setsuna pegava algo de seu bolso. “..Happy Chrismas..” A garota mostrava o que tinha em mãos. Era o anel que Tsukuyomi segurava mais cedo. Aquilo significava então.....

“Desculpa demorar tanto para perguntar isso, mas ... Você quer ter um relacionamento sério comigo Konoe Konoka?"

‘Set-chan.....’ Os olhos de Konoka brilhavam para aquela linda espadachim que agora queria ter sua mão como namorada.

“Claro...” Setsuna deu uma risada envergonhada e, logo após, colocou o anel no dedo da maga. “Que amor.. Set-chan..”

“Tudo por você... Eu dou qualquer coisa para ver esse seu olhar lindo e esse seu sorriso caloroso..”

A maga soltara um suspiro, mas fora quebrado pela expressão preocupada da amada. “Está chegando...”

‘Quem? O que? Chegando? Para que?’ Antes que Konoka perguntasse para a espadachim a resposta já vinha a tona. Tsukuyomi vinha em alta velocidade atrás de sua senpai.

“Zan-Gan-Ken!” E as espadas se chocaram. Setsuna empurrou a espadachim através da espada, fazendo-a se bater em uma parede. A Meia-Uzoku atacou e precionou-a contra a parede com força. Aos poucos as espadas se aproximavam do corpo de Tsukuyomi.

“Arg!” Setsuna sentira dor em seu ombro e quando olhou deparou-se com um sangramento.

“Espero que não esteja ocupada, Setsuna, por que irei me juntar a festa.” Mana dizia sarcasticamente do alto de uma casa das proximidades com um rifle nas mãos.

“Você também foi contratada!?” Setsuna revelava um olhar raivoso.

“Claro. Onde tem dinheiro eu vou atrás. Você deveria saber disso.” Logo após a garota aprontou-se e atirou contra a “caça”. Setsuna viu a tempo de desviar, fazendo a bala quase acertar a outra espadachim.

Setsuna correu em direção a atiradora, mas fora impedida de continuar por sua colega de estilo de espada, que cortou suas costas e em seguida tentou novamente, mas Setsuna desviou-se dando alguns passos para o lado.

A Meia-Uzoku agora estava ofegante, mas continuava a fixar seus olhos em sua querida. ‘Obvio que Kono-chan está bem. Elas apenas tem ordens de me matar.’

Vendo os sangramentos de sua guardiã, Konoka correu em direção a luta. “Não venha Kono-chan!” Gritava Setsuna enquanto tentava ter seus olhos nas duas inimigas ao mesmo tempo.

O sangue aumentou. Quando tentava atacar uma, a outra a impedia ferindo-a mais uma vez. A visão começava a ficar embaçada e os reflexos não conseguiam mais impedir que ela sentisse os golpes em sua pele, até que a Meia-Uzoku caiu no chão.

Sua respiração estava profunda, a impressão era que cada vez tinha mais dificuldade de pegar ar. Tsukuyomi levantara a espada para dar o ultimo golpe.

A única coisa que se viu foi a garota de óculos e cabelos compridos voar até uma parede, fazendo um estrondo no choque. Um vulto foi até Mana e a golpeou no rosto, deixando-a inconsciente.

O vulto parou em frente de Konoka e sorriu. Era Eishun, o grã-mestre do oeste, mago e espadachim Shinmei.

“Desculpe Konoka.” O homem dizia enquanto acariciava a cabeça de sua filha.

“Papai! Por que tudo isso?” A garota chorava ao abraçar o mago-espadachim.

“Primeiro é melhor curar Setsuna-kun, ela não parece bem.”

Eishun fez as pressas um circulo mágico próximo a espadachim gravemente ferida. O grã-mestre carregou Setsuna até o circulo e olhou para a garota com um sorriso orgulhoso. Konoka aproximou-se e ajoelhou ao lado de sua amada.

“Set-chan, eu te amo..” A maga beijou a garota caída nos lábios. Logo o local fora tomado por uma luz que cegara os ali presentes.

A ferida agora estava curada e uma carta apareceu entre as duas jovens. A espadachim estava nos braços da garota que tinha o rosto cheio de lágrimas. Um abraço profundo e aliviado fora dado.

“Konoka, temos que ir falar com o seu avô.” Eishun estava sorrindo encarando Setsuna. A garota avermelhou-se, mas sorriu de volta para o mago-espadachim.

“Setsuna-kun, estou orgulhoso de você. Finalmente encarou o meu sogro.” O ex-companheiro de Thousand Master riu ao imaginar o rosto do idoso ao saber que suas subordinadas haviam sido derrotadas.

A ida até o local fora tranqüila, mas a sensação de perigo nunca saiu da cabeça do casal.

A sala do diretor-geral estava logo em frente. Konoka estava tremendo e a espadachim suava frio. O grã-mestre da Associação de Magia de Kansai colocou-se em frente as jovens e abriu a porta com um empurrão.

“O que é isso Eishun? Por que você veio até aqui? Eu disse que iria cuidar de--” O senhor idoso parou ao olhar Setsuna em sua frente a sua neta. “Você deveria estar no mínimo com ferimentos graves! O que houve com Tsukuyomi e Tatsumiya!?” Um suor escoria do rosto do diretor-geral de Mahora.

Enquanto isso Eishun ria de modo debochado. “Eu cuidei delas..” O homem alto foi em direção do idoso. “.. E a minha filha cuidou de Setsuna-kun.. Por que a ama.” O velho senhor ficara sério, porém não ficara com uma expressão de raiva.

“Parece que a história dos Konoe vai terminar, não é?” O idoso soltava um sorriso, mas tinha os olhos tristes fixados em sua neta. “Não mais haverá linhagem pura na nossa família..”

“Por que diz isso? Konoka poderia muito bem ter um filho.”

“Mas Setsuna-kun é uma mulher!”

“Quem disse que a criança seria biologicamente filha de Setsuna-kun?” O diretor-geral voltou seus olhos para o homem que estava agora ao seu lado.

“O que você quer dizer com isso? Mesmo que Konoka tenha um esperma dentro de si conseguido em um hospital, as chances de que o verdadeiro pai ser um mago são mínimas e nossa linhagem não mais será pura.”

Eishun riu por um momento. “Por que não pegamos um esperma de alguém que conhecemos, confiamos, como Negi-sensei, que é o filho do Thousand Máster? Acho que ele tem poder mágico o bastante para que nossa linhagem continue forte. Antes de vir aqui e ajudar Setsuna-kun eu já havia conversado com ele e não houve objeção de parte dele.”

O mago-espadachim olhou para as duas garotas que permaneciam no mesmo local. “O que vocês acham? Aceitam a proposta?”

Um sorriso apareceu na face da maga. A garota saiu correndo em direção ao seu pai e o abraçou com força. “Claro que aceito! Obrigada papai!!”

Konoemon sorriu para Setsuna. “Fico feliz que tudo tenha se resolvido. Desculpe esse velho aqui por ser tão burro.”

A espadachim sorriu tranquilamente. “Eu entendi completamente sua preocupação. É a mesma minha. Ambos queremos o bem de Kono-chan.”

O senhor levantou-se e cumprimentou a namorada de sua neta. “Fico honrado em ter você em nossa família.”

As garotas despediram-se dos chefes das associações mágicas e foram para o dormitório. Era tarde, afinal, já havia passado várias horas desde que os fogos de artifício cessaram.

Setsuna levou sua Konoka (Finalmente “sua” pode ser usado normalmente.) para seu quarto. As garotas se trocavam carícias enquanto combinavam uma volta sozinhas a tarde daquele dia de Natal.

Konoka deitou-se na cama exausta. Acordara após a noite que levara um fora de sua querida, quando fora almoçar deparou-se com ela beijando outra, a noite finalmente conseguira ter a garota como namorada.

Falando nisso, os últimos dias têm sido bem cansativos, no bom e no mal sentido, (seja qual seja qual.). Fazer indecências com Set-chan poderia ser bastante produtivo. Aprender anatomia humana na pratica fora bastante prazeroso (obviamente.).

‘Hmmm.... Espero que da próxima vez Set-chan tenha mais calma.. Aha’ Konoka ria-se sozinha deitada na cama. Provavelmente Asuna estava a achando que tinha uma louca como companheira de quarto.

Konoka acordou com toda a corda, pronta para sair com sua tão querida Set-chan. Tomava um banho quente enquanto pensava no dia anterior.

‘Set-chan... Finalmente estamos juntas!!’ E após soltara uma gargalhada que acordara os outros moradores do quarto.

Após algumas dozes de calmantes, de preparar e comer o almoço, a maga preparou-se para sair com Setsuna.

Estava agora com um vestido branco, um casaco de tronco curto de brim, um salto prata com pequenos detalhes de flores nas partes em que prendia.

Logo a campainha tocou. A garota abrira a porta para uma Setsuna surpreendentemente sem o uniforme escolar, usando uma saia de brim colada em seu corpo, uma blusa com um leve decote, um casaco de manga curta e sandálias sem salto. Um enorme progresso para quem pegava a primeira roupa que via no guarda-roupa.

“Por que está tão arrumada Setsuna-san?” A garota de cabelos laranja perguntava com um sorriso maldoso.

“Por que tenho que andar a altura de Kono-chan.” Bem, a garota podia ter passado sem esta direta de deixar o queixo no chão, não é? Afinal, Asuna ainda não havia descoberto o final da história com o diretor-geral.

As garotas saíram enquanto os moradores ainda não conseguiam comentar a atitude de Setsuna. A curandeira ainda não fazia idéia do que fariam durante a tarde. ‘Será que Set-chan quer repetir o que fizemos durante a cabulação de aula?’

Após algumas horas andando sem rumo, apenas de mãos dadas e outros gestos que há tanto tempo queriam demonstrar as pessoas, Setsuna parecia meio perturbada.

“Vem aqui..” A espadachim a puxou para um canto escuro longe da multidão em que estavam.

‘Set-chan!? Aqui!?’ A garota assustou-se, quase afastou a namorada de si, mas não o fez, pois ela já tinha feito tanta coisa para ela que esta tinha que retribuir...... Com juros de preferência (claro Konoka, todos sabemos de sua mente totalmente inocente.).

Setsuna expôs suas asas para o mundo e segurou sua querida com mais força, logo após voando alto. Era uma vista linda, dava para ver Mahora inteira, a tão adorada Árvore do Mundo, o colégio e os dormitórios.

“Set-chan, que lindo! Não acredito que você pode ver isso quando você quizer!” Konoka agora tinha os olhos iluminados, cheios de vida, emocionada com o momento.

“Agora você também pode, é só me dizer.” A espadachim soltara um sorriso gostoso, com seus doces olhos fixados no sorriso da curandeira.

“Eu te amo, Kono-chan..” A garota alada sussurrou no ouvido de Konoka, que finalmente olhava o mundo através de Setsuna.

“Eu também te amo, Set-chan... Você sempre vai ser o meu anjo... Sempre..” A curandeira roubou um beijo leve nos lábios de Setsuna.

Em seguida a garota angelical pousou no prédio dos dormitórios no meio da cidade acadêmica. Ainda abraçadas a espadachim beijou Konoka nos lábios. Não mais inocentemente, mas também não chegara a ser um verdadeiro “furacão” de emoções.

As garotas desceram alguns andares até chegarem ao correto. Setsuna levou a curandeira até a porta de seu quarto calmamente.

“Que bom Set-chan... Agora podemos namorar em paz..” A maga dizia ao olhar para o anel em seu dedo.

“Hum!? Namorar?” Setsuna olhou-a estranhamente.

“Sim, namorar. Por que?” A curandeira soltara um sorriso.

“Bem...” A guarda-costas avermelhou-se. “Pelo jeito você não entendeu direito a pergunta que fiz mais cedo.”

Konoka parou com uma expressão preocupada. “Como assim? Você não quer namorar comigo?”

Setsuna sorriu levemente. “Não, eu não quero namorar...”

“Ou você achou que só por que eu queria namorar você que o seu avô tentou me matar?” Um sorriso vinha no rosto de Setsuna.

“Eu achei sim...” A maga dizia timidamente.

“Ele tentou me matar...” A espadachim cada vez chegava mais perto de Konoka. “Por que eu pedi sua mão....” A curandeira suou frio. ‘Como assim a minha mão!?’

“... O que eu te pedi quando te dei este anel... não foi para namorar comigo...” Encostando a cabeça, Setsuna pode sentir na pele a vermelhidão da garota. “Foi para viver o resto de sua vida comigo... Kono-chan...”

A garota de cabelos negros segurou a cintura da maga com um dos braços e com a mão que restava tirou os cabelos chocolates que ficavam entre seus lábios e o ouvido de Konoka.

“Você quer?” Aproximou-se quase encostando os lábios no ouvido da curandeira.

E um beijo apaixonado fora dado pelo casal de “noivas” durante o amanhecer de um novo dia de final de ano.

“Claro que eu quero Set-chan...” A maga soltara um enorme sorriso de orelha a orelha. “Foi o que eu sempre quis...”

As garotas uniram as mãos e seus lábios. A felicidade agora era total. Estavam livres. Livres para amar, para beijar, para trocarem carícias, e o que mais desejassem. Não havia mais nada contra, nada que as impedissem de dizer “Eu te amo!” em voz alta.

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Deu pra notar que esse final eh parte da letra de "Seinaru Sora no Shita de"??
XD

Eh a parte: "Dai suki" datte Ima Oogoe de Sakebitai Kibun

Que significa: Agora eu sinto como eu posso gritar “eu te amo” em minha voz alta(ou gritando, algo do tipo)

Gostaram? Odiaram por eu coloca todos os dias juntos??
Desculpa.. mas esse era o planejado desde o inicio! uahuahuhauhauhauha
Até outro dia!! _o/
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Posted by Se-chan

MaStErEd NeGiMa: LiVeS cAp 08

Olá gente! o/
Após uma crise existencial fake que ainda existe em mim (XD), resolvi continuar como Se-chan ^^'''
Fazer oq? Num me acostumei a ser chamada de "Ojou-sama" por alguns.. E queria matar outros que me chamavam de "Milady" uhahuauhahuauhauhahahahua
Vou postar aki o cap novo de Lives que tah maaaaiiissss do que perfeito!!!!!! *.*
Amanha pretendo postar a versão final de Otome no Kokoro aki e no fanfiction.net...
Pra quem naum viu, SIS MEA PARS!!!!!
CAP NOVO!!!
YURI!!!
MTO PERFEITO!!!!
huhuhu... mto bom mesmo *risada maligna*
Agora vai o cap de Lives!!! /o/


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CENA 08: DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO


Konoka lambia seu sorvete olhando distraidamente para o horizonte totalmente laranja do fim daquela tarde de outono. Tentava parecer relaxada sem sucesso e Setsuna estava ficando nervosa ao perceber a agitação de sua “amiga”. As duas voltavam sem pressa para a república estudantil. Estranhamente as ruas estavam desertas, não havia estudantes de um lado para o outro como se costumava a ver no fim das tardes de treino dos clubes esportivos do colegial feminino de Mahora. O silêncio entre elas estava perdurando a mais de cinco minutos até que Konoka parou de andar sem aviso fazendo Setsuna colidir com ela:

- O que houve Kono-chan?

- A Árvore Mundo... – Konoka respondeu simplesmente como se aquilo fosse a resposta para todos os enigmas do universo. Como se tudo o que precisasse na vida fosse encontrar aquela árvore. Setsuna ergueu uma sobrancelha.

- O que tem a Árvore Mundo Kono-chan?

- Set-chan... que tal se fizéssemos um pedido de coração a Árvore Mundo? Que nem a Eva disse que fez. Um pedido pra mim e um pra você? – sugeriu Konoka sem desgrudar os olhos da árvore mais ao longe.

- Um... pe... Pedido de c-co-coração?! – Setsuna deu um salto para trás ao ouvir a sugestão, isso por que a primeira coisa que lhe veio a mente foi pedir coragem para raptar Konoka para si de uma vez por todas. Konoka ergueu as sobrancelhas para a espadachim que parou de se agitar diante do olhar de sua protegida.

Sabendo muito bem o que fazia, Konoka se aproximou novamente da espadachim que apenas observou e, com a cara de inocência mais convincente do mundo perguntou:

- Não tem nada que você queira pedir a Árvore Set-chan? Nada mesmo?

Aquilo era demais para os nervos da amorosamente confusa Setsuna. Não conseguiu evitar corar violentamente diante do olhar e da pergunta de Konoka que fazia um esforço absurdo para segurar uma risada de satisfação por perturbar tanto sua “amiga de infância”. Gaguejou algo indecifrável por alguns segundos até perceber que teria que responder sinceramente àquela pergunta e respirar fundo para se acalmar:

- Na verdade eu tenho mesmo algo que desejo do fundo do meu coração Kono-chan. – admitiu séria e dessa vez foi Konoka quem corou violentamente diante da sinceridade da protetora. A Konoe sentiu o coração dar um salto no peito, mas percebeu no mesmo instante que realmente o dia certo era algo mágico.

- Então vamos! – afirmou voltando ao seu animo típico e começou a puxar a “amiga” pela mão em direção a Árvore.

Setsuna não fez menção de resistir ao chamado. Na verdade poderia ser arrastada até a boca de um dragão por Konoka que não se importaria. Era estranha aquela sensação do calor da mão de sua Kono-chan, não queira mais perder aquilo nem por um segundo e só se tocou de algo novamente quando esta a soltou. A espadachim abriu a boca para protestar quando percebeu que estavam sob a Árvore Mundo.

A visão que se tinha dali era incrível. O céu totalmente dourado iluminando Mahora que parecia realmente mágica daquele jeito. Setsuna apreciou a paisagem por um momento esquecendo-se do porque se deixara levar até ali. Konoka andou por debaixo da Árvore. Incrivelmente não estava mais nervosa, tinha certeza que faria o que tinha que ser feito e isso era o suficiente naquele momento. Respirou fundo mais uma vez antes de encostar suas costas nas de sua Set-chan:

- O dia fica lindo a essa hora, não acha Set-chan? – perguntou Konoka olhando para partes distantes de Mahora. Pode sentir o coração da espadachim bater mais forte.

- Sim... diante de seus olhos tudo fica belo Kono-chan.- Setsuna não acreditou nas próprias palavras, mas estranhamente não temeu estar sendo insolente ou coisa do gênero. Nada parecia errado naquele momento.

Konoka corou forte ao ouvir a resposta sem temor da espadachim. Não esperava que Setsuna fosse lhe dar logo essa de cara. O silêncio recaiu novamente entre elas, Konoka sentia-se meio anestesiada, finalmente tinha chegando a hora de confessar o que sentira por tanto tempo, nem conseguia acreditar que aquilo realmente estivesse acontecendo.

Os olhos de Setsuna percorriam a paisagem enquanto ela própria navegava por suas lembranças. Lembrou-se de cada dia de treino em que se esforçou por querer ficar mais forte, lembrou-se de cada batalha que enfrentou em seu caminho, de cada noite em que dormiu só e até ao relento. Tudo aquilo no fundo era por um mesmo objetivo: estar perto de Konoka. Ao perceber isso nem pode acreditar que agora estava ali, ao lado dela, com suas costas encostadas nas dela. Devia ser louca por venerar tanto assim alguém, alguém que nunca perceberia esse seu sentimento:

- Bom, vou fazer meu pedido primeiro, tá Set-chan? – perguntou a Konoe sentindo um vácuo no estomago. – Depois você pode fazer o seu também.

- T-tá. – a espadachim já havia compreendido que o pedido fora um pretexto da garota para dizer o que queria.

Konoka olhou distraída uma ultima vez para o horizonte respirando fundo antes de fechar os olhos como se fosse se atirar de pára-quedas:

- Eu desejo poder ter sempre a Set-chan perto de mim...

Setsuna parou de respirar ao ouvir aquilo.

“... por... por mais que as pessoas achem que tenho tudo e nada pode me faltar, sei há tem algo que faz toda a diferença...”.

O coração de Setsuna batia descompassado. Não podia estar querendo dizer o que ela pensava que estava.

“... mesmo que eu sorria por dentro sinto um vazio quando ela não está comigo..”.

Até mesmo a consciência de Setsuna ficou muda diante do que ouvia.

“... quando estou com a Set-chan me sinto de um jeito diferente... como não me sinto com mais ninguém... é uma alegria que não posso descrever...”.

Por um instante Setsuna temeu acabar desmaiando por falta de oxigenação no cérebro.

“... quero ela sempre perto de mim por que... sei que não conseguiria ser feliz de verdade longe dela... por que...”.

Parecia que o tempo havia parado para escutar as palavras da Konoe.

“... por que eu a amo como a mais ninguém”.






O silêncio era tangível. As duas garotas estavam imersas em uma profusão de sentimentos. Ao longe se ouviu o sinal que tocava no fim da tarde.

Setsuna simplesmente não conseguia mais processar nenhuma informação. “Kono-chan disse que... disse que...”. Sua consciência também não se manifestava, vai ver nem ela esperava algo assim. Então seu sentimento não era uma fantasia? Então não estava condenada amar a vida inteira sem ser correspondida? A espadachim teve vontade de sorrir e chorar ao mesmo tempo.

Uma silenciosa lagrima escorreu pelo seu rosto agora pálido. Era tudo o que sempre quisera ouvir. Konoka havia lhe dito exatamente o que dizia em seus sonhos (isso excluindo outras coisas que dizia em outros sonhos que a guerreira tinha às vezes). Mas... estava errado! Como a pura e inocente Konoka Konoe fora se apaixonar por uma meio-uzoku amaldiçoada como ela?! Isso era infame! Por que então tinha vontade de saltitar abobalhadamente até ficar tonta a cair? Sua mente dava voltas sem parar...

Konoka, por sua vez, sentia um misto de alívio e temor que a sufocava. Finalmente havia confessado o que sentia, não precisaria mais esconder seu sentimento tão profundo ou mesmo disfarça-lo em uma simples amizade boba. Não mais se censuraria por querer abraçar a espadachim e talvez ir além disso. Não precisaria mais usar a desculpa esfarrapada de pacto provisório para tentar beijar sua protetora. Mas... ao mesmo que isso era maravilhoso, um medo sem precedentes lhe corroia sem cessar: e se Setsuna não quisesse aquilo?

Claro que sabia que a espadachim também sentia algo diferente por ela, mas... e se fugisse? Com certeza aquilo devia se enquadrar na descrição de “insolência absoluta” da garota. Setsuna era muito fechada e sempre colocava seus sentimentos abaixo da razão. E se partisse por temer estar corrompendo a jovem herdeira das associações de Kanto e Kansai? E se fizesse alguma besteira?! Não, não! Não devia ter dito aquilo! Devia ter escondido o sentimento para pelo menos poder estar perto de sua “amiga”! Agora provavelmente perderia a companhia de sua Set-chan para sempre! Não! Se isso acontecesse ela sim faria uma bobagem bem grande! Quem sabe suicídio ou até...


- Eu desejo poder proteger a Kono-chan sempre...

Konoka despertou de seus devaneios de horror num estalo. Aquilo era... o pedido da espadachim?

“... durante toda a minha vida eu me dediquei a lutar e me aperfeiçoar... tudo para poder ser digna de protegê-la...”.

Se... será que...

“... a minha vida sempre foi confusa mas... a única coisa de que tenho certeza é que não posso viver longe dela...”.

Konoka deixou lágrimas rolarem pelo seu rosto ao ouvir aquilo.

“... ela é o sentido de eu estar aqui... é o sentido de eu continuar em frente... ela é o meu sentido...”.

...

“... por isso eu peço para estar junto a ela... mesmo que seja de longe... mesmo que eu a veja apenas uma única vez em um ano todo... eu preciso disso...”.

Setsuna também não conseguiu conter as lágrimas que ela nunca deixava ninguém ver, mas que ainda assim estavam quase sempre ali.

“... isso tudo por que... por que eu a amo mais do que a qualquer coisa na minha vida”.



A noite começou a cair e o céu começou a ficar coberto de estrelas de todos os lados. Konoka ainda deixava as lagrimas correrem, sua Set-chan não fugiria por enquanto afinal, isso era motivo de sobra para estar feliz. Setsuna olhava para as folhas da Árvore Mundo que se mantinham verdes mesmo no fim do outono, mesmo achando que estava traindo a confiança depositada nela pela família Konoe , percebeu que há momentos em que simplesmente não se pode ir contra a correnteza da vida, apenas se pode deixar levar como estava fazendo naquele momento.

O tempo foi passando e a noite esfriando. Em breve estariam com muito frio se ficassem paradas ali. Percebendo que Setsuna não teria coragem nem mais para respirar alto Konoka quebrou o silêncio:

- Temos que ir jantar Set-chan. – disse ainda encostada na espadachim. Ainda temia um pouco que esta saísse voando e nunca mais voltasse.

- É... é verdade. – concordou Setsuna com a voz baixa e envergonhada.

Konoka foi para a frente da protetora em um movimento e a encarou nos olhos. Setsuna corou absurdamente com aquela proximidade. A curandeira sorriu. Não precisava mais fingir que não tinha intenções mais ocultas em seus atos. Acariciou levemente o rosto em brasa da “amiga” com a mão e sentiu está tremer sob seu toque:

- Ko-Kono-chan... – Setsuna mal conseguia juntar alguns fonemas de tão nervosa. Sua respiração estava rasa e desigual.

- Set-chan...

Setsuna fechou os olhos quando a maga se aproximou. Tremia por inteiro. Se parasse para raciocinar provavelmente se puniria de maneira cruel por estar naquela situação. Felizmente a última coisa que queria naquele momento era parar para raciocinar. Sentiu a respiração de Konoka no seu rosto e não resistiu ao impulso de acabar com o último centímetro que as separava, beijando-a.

Konoka acariciou os lábios de Setsuna com os seus de maneira suave e delicada. A espadachim não teve qualquer reação a não ser de receber aquele gesto. O calor dos lábios da protegida a fazia esquecer de qualquer outra coisa. Criou coragem para retribuir o beijo como devido e as duas ficaram mergulhadas naqueles toques calmos e leves por um tempo que não conseguiram perceber.

Depois de alguns minutos, ou séculos sem fim depois as duas se separaram. Konoka abriu os olhos para ver que Setsuna ainda os mantinha fechados, como se não quisesse acordar de um sonho. Naquele momento a quase-maga percebeu que nunca iria querer mais ninguém além de sua Set-chan. Ninguém poderia ser mais perfeito do que o seu anjo de asas brancas que vivia por ela. Queria viver por ela também durante toda a vida.

A guerreira abriu os olhos lentamente e se viu diante do olhar de sua princesa. Como era doce o olhar de sua Kono-chan. Queria poder observá-lo pela eternidade. Quem sabe até tomar-lhe os lábios novamente algumas vezes nesse período...(“Até parece que seria só isso mesmo...”).

Setsuna teve o impulso de beija-la novamente, era difícil para ela tomar a iniciativa por isso não conseguiu se mexer nada mais que um centímetro:

- ... ? – Konoka percebeu o desconforto da “amiga”, mas quando Setsuna conseguiu se aproximar um pouco mais de Konoka uma música as despertou para a realidade. Setsuna saltou cinco metros para trás com o susto e Konoka pegou o celular cantador do bolso extremamente irritada. Tinha que tocar logo agora que sua Set-chan tentava quebrar as próprias barreiras?!

- Alô? Asuna? – Konoka se surpreendeu ao ouvir a voz da baka red irritada. Ora, ela é quem deveria estar irritada! Setsuna ainda tentava recuperar-se do susto apoiando as mãos nos joelhos para tentar respirar.

-Ei Konoka! Onde é que você tá? Quem é que vai preparar o jantar?! – reclamou a bakaranger pelo aparelho e Konoka se tocou que já devia ter preparado o jantar àquela hora.

- Ah... eu já vou. Por que você e o Negi não pedem logo uma pizza? – sugeriu para acalmar a garota esfomeada do outro lado da linha.

- Hunf... tá certo. Mas vem logo! – e desligou na cara da quase-maga.

- Era a Asuna? – perguntou Setsuna já mais calma. Agora sentia um misto de raiva e alivio pele interrupção.

- Pois é. – confirmou Konoka olhando mal-humorada para o aparelho.

- Já está mesmo tarde. Precisamos ir.

Konoka olhou para Setsuna que não pode deixar de corar. Ainda mais depois de tudo o que ocorrera naquele dia. Sorriu de uma maneira bem Konoe e ergueu o indicador no ar:

- Duvido que ganhe de mim Set-chan! – disse e seu dedo brilhou levemente.

- Quê?

- Corrida! – exclamou Konoka que havia conjurado seus patins saindo em disparada em direção a escadaria que levava a república.

- Ei! Espera Kono-chan! – pediu Setsuna começando a corrida atrás.

As duas correram sem parar até chegarem ao apartamento onde Negi e Asuna devoravam esfomeados uma grande pizza e discutiam se iam ou não guardar a outra para elas. Nenhum dos dois percebeu qualquer diferença entre Konoka e Setsuna. Todos comeram e riram um pouco antes da hora de irem dormir.

No interior porém, as duas “amigas” estavam muito diferentes. Konoka só faltava sair flutuando de tanta felicidade e Setsuna pensava que devia amanhecer com pressentimentos muito mais vezes dali pra frente.

“Quem sabe se todos os dias fossem assim.”.

“É... haveriam muitos beijos com Konoka Ojou-sama... he he he.”.

“Quem sabe desligar consciências também pudesse ser feito todos os dias.”.

“...”.





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Mto lindo neeeeehhh??????? *.*
Taum kawaiiiiiii *.*
Quero maisss!!!!!! XD
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Posted by Se-chan

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